CPI da Braskem é reagendada mais uma vez
O requerimento de convocação de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem foi protocolado para esta quarta-feira, 13...
O senador Otto Alencar (PSD-BA) protocolou, às 15h20, desta terça-feira, 12, o requerimento de convocação de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem. A reunião está marcada para esta quarta-feira, 13, às 09h, no Senado.
Como noticiamos, a previsão inicial era de que o colegiado fosse instalado ainda nesta terça, mas o encontro acabou sendo adiado após uma ofensiva do presidente Lula (PT). Líderes do Palácio do Planalto são contra a instalação do colegiado para investigar a petroquímica acusada provocar o afundamento do solo em Maceió.
Pelo regimento do Senado, cabe ao senador Otto Alencar, por se o indicado mais velho da CPI, instalar e comandar a primeira reunião antes da oficialização do presidente do colegiado. Antes de adiar a sessão desta terça, Alencar havia afirmado que a instalação dependeria do que fosse discutido em reunião no Planalto.
Apesar da convocação por parte de Otto Alencar, líderes governistas acreditam que a instalação da CPI será adiada mais uma vez. A sessão está marcada para o mesmo horário da sabatina do ministro da Justiça, Flávio Dino, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), tida como prioridade para a base governista.
O que foi a reunião de Lula?
O presidente Lula (PT) se reuniu com o senador Renan Calheiros (MDB-AL), autor do pedido de instalação da CPI, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O colegiado é visto pelo governo como uma forma de nacionalizar a crise em Maceió e ampliar a disputa política entre Calheiros e Lira.
O colegiado já tem quase todos os 11 titulares e sete suplentes definidos. Além de Calheiros, os demais senadores de Alagoas, Rodrigo Cunha (Podemos) e Fernando Farias (MDB), estão na CPI da Braskem.
Durante o encontro de Lula com Lira e Calheiros, o petista pediu moderação aos políticos da região e ofereceu o governo federal para ser o intermediador de uma solução para o imbróglio. O risco de desabamento de uma das minas da Braskem em Maceió ampliou as disputas entre grupos políticos do estado.
Além de Calheiros e do presidente da Câmara, estiveram presentes o senador Rodrigo Cunha, os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), e o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB).
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