Relatora da ONU chama pausas humanitárias de “cínicas e cruéis”
A advogada italiana Francesca Albanese, relatora especial da ONU para questões palestinas, afirmou que as pausas humanitária iniciadas ontem, por Israel são "cínicas e cruéis". A solução foi negociada com...
A advogada italiana Francesca Albanese, relatora especial da ONU para questões palestinas, afirmou que as pausas humanitárias iniciadas ontem por Israel são “cínicas e cruéis”. A solução foi negociada com a participação dos EUA e do Qatar.
A especialista da ONU já havia assinado, na semana passada, com outros seis relatores da ONU, um duro documento dizendo que a organização tinha “obrigação de evitar genocídio em Gaza”, termo repetido por Celso Amorim em Paris.
Segundo Albanese, “tem havido bombardeios contínuos, 6.000 bombas por semana na Faixa de Gaza, neste pequeno pedaço de terra onde as pessoas estão presas e a destruição é enorme. Não haverá nenhum caminho de volta depois do que Israel está fazendo com a Faixa de Gaza”. Para a advogada, “quatro horas de cessar-fogo, sim, para deixar as pessoas respirarem e se lembrarem do que é o som da vida sem bombardeios antes de começar a bombardeá-las novamente. É muito cínico e cruel.” As declarações foram dadas hoje, em Adelaide, na Austrália, a mais de 13 mil quilômetros do conflito, onde ela participa de uma série de reuniões e entrevistas sobre a guerra entre Israel e Hamas.
Em 2022, a especialista da ONU já havia pedido “um plano para acabar com a ocupação colonial israelense e o regime de apartheid“ na Palestina. Segundo o The Times of Israel, Francesa Albanese tem um histórico polêmico de declarações consideradas antissemitas ou simpáticas aos grupos terroristas que atuam na região. Em 2014, ela chegou a dizer que os EUA eram “controlados por um lobby judaico”. Muitos destes comentários foram postados abertamente em seus perfis nas redes sociais.
As declarações da italiana, que já classificou Gaza como “prisão a céu aberto“, estão em linha com o tom adotado pelo secretário-geral da ONU, o socialista português António Guterres. Ex-presidente da Internacional Socialista, Guterres tem feito ataques verbais considerados inaceitáveis por Israel, que chegou a fazer um protesto na ONU, quando seus diplomatas vestiram uma Estrela de Davi na roupa em menção a como judeus eram identificados na Alemanha Nazista.
A ONU nem sequer classifica o Hamas e o Hezbollah como “terroristas”.
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