Rodolfo Borges na Crusoé: Os torcedores do subsolo
Em sua coluna semanal para a Crusoé, Rodolfo Borges destaca na edição desta sexta-feira, 03, a perspectiva da vitória torna o torcedor insuportável. Ou melhor: a perspectiva da derrota diante da expectativa da vitória torna o torcedor insuportável...
Em sua coluna semanal para a Crusoé, Rodolfo Borges destaca na edição desta sexta-feira, 03, a perspectiva da vitória torna o torcedor insuportável. Ou melhor: a perspectiva da derrota diante da expectativa da vitória torna o torcedor insuportável.
As agruras do destino fizeram dos torcedores do Botafogo seres dóceis, resignados. Depois que Garrincha e Nilton Santos se foram, apenas Túlio Maravilha conseguiu botar um sorriso genuíno nos lábios dos botafoguenses, há quase 30 anos. Desde então, os alvinegros do Rio de Janeiro tiveram de se contentar com as animadas passagens de Loco Abreu, Seedorf e Honda pelo clube, em meio a décadas sem títulos expressivos e com três rebaixamentos para a segunda divisão nacional. Bastou a expectativa de título do Campeonato Brasileiro deste ano, contudo, para tragar a torcida mais doce do país para o subsolo das conspirações.
O Botafogo liderou o campeonato nacional de forma folgada por rodadas a fio, mas capenga no segundo turno, após perder seu treinador para o Campeonato Saudita, entre outros problemas comuns a qualquer de seus adversários, como lesões, erros de arbitragem, azar e a própria incompetência. Sem conseguir manter a expressiva campanha da primeira parte da peleja, seus torcedores veem Palmeiras e Red Bull Bragantino, entre outros, ameaçarem a conquista. E já começam a enxergar esquemas ardilosos contra o triunfo alvinegro.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não permitiu que a partida contra o Fortaleza fosse jogada na terça-feira seguinte ao adiamento do fim da partida contra o Athletico Paranaense, evitando burlar uma regra criada para proteger os atletas? Obviamente estão querendo prejudicar o Fogão. E a bola na mão de Pitta na derrota em casa para o Cuiabá?
Numa situação como essa, de risco iminente do título praticamente conquistado, o acaso some. A possibilidade de erro deixa de existir e mesmo a decisão de seguir as regras à risca passa a ser considerada um erro, no caso de essas regras prejudicarem as pretensões do torcedor.
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