Pacheco x STF: a briga é para valer? Pacheco x STF: a briga é para valer?
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29.04.2024

Pacheco x STF: a briga é para valer?

estamos diante de algo novo no embate entre Legislativo e Judiciário: uma aliança do Poder Executivo com o STF

Nas democracias existe um sistema de freios e contrapesos entre os Três Poderes, que não são estáticos. Quando um se agiganta, é contido pelos demais. E todos continuam independentes.

Neste momento, estamos diante de algo novo no embate entre Legislativo e Judiciário. Parece que realmente está sedimentada uma aliança do Poder Executivo com o STF e isso ocorre na esteira da novela da desoneração de setores da indústria.

A medida de benefício fiscal para 17 setores surgiu em 2011, aliviando os impostos sobre a folha de pagamento. O Congresso votou uma lei esticando a desoneração até 2027. O presidente Lula vetou. O Congresso derrubou o veto. O governo resolveu entrar na Justiça via Advocacia-Geral da União.

O argumento é que um projeto de lei do legislativo não pode prever aumento de receita nem renúncia fiscal sem explicar de onde virá o dinheiro. Rodrigo Pacheco argumenta que o projeto tem um relatório detalhado sobre isso.

Numa canetada só, em decisão monocrática, o ministro Cristiano Zanin deu a vitória ao presidente Lula. Não vou lembrar aqui que se trata do ex-advogado pessoal do presidente porque uma coisa não tem nada a ver com a outra. Agora, o plenário virtual do STF vai decidir até 6 de maio se vale ou não a desoneração.

Rodrigo Pacheco apareceu dando entrevista fora de seu estilo tradicional. Falou com palavras duras sobre a ação da AGU. Resolveu recorrer da decisão do ministro antes mesmo da votação final. A crise está aberta.

Pouco tempo atrás, o presidente do Senado investia contra o poder de decisões monocráticas para declarar que leis são inconstitucionais. Agora, a questão vai além do STF.

Talvez o Legislativo esteja escanteado enquanto o Poder Executivo passa a ver o Judiciário como aliado, agindo em conjunto para fazer valer as decisões de governo. É o que veremos ao final do julgamento.

Muita gente tem argumentado que Zanin acertou porque é preciso cortar benefícios fiscais. O STF pode vir a alegar que o governo não tem como absorver o impacto de abrir mão desses impostos, mais ou menos R$ 9,4 bilhões. É metade do valor que o governo teve de abrir mão com a anulação, pelo STF, das multas da Odebrecht e da J&F na operação Lava Jato. Alguém tem de pagar essa conta.

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estamos diante de algo novo no embate entre Legislativo e Judiciário: uma aliança do Poder Executivo com o STF

Nas democracias existe um sistema de freios e contrapesos entre os Três Poderes, que não são estáticos. Quando um se agiganta, é contido pelos demais. E todos continuam independentes.

Neste momento, estamos diante de algo novo no embate entre Legislativo e Judiciário. Parece que realmente está sedimentada uma aliança do Poder Executivo com o STF e isso ocorre na esteira da novela da desoneração de setores da indústria.

A medida de benefício fiscal para 17 setores surgiu em 2011, aliviando os impostos sobre a folha de pagamento. O Congresso votou uma lei esticando a desoneração até 2027. O presidente Lula vetou. O Congresso derrubou o veto. O governo resolveu entrar na Justiça via Advocacia-Geral da União.

O argumento é que um projeto de lei do legislativo não pode prever aumento de receita nem renúncia fiscal sem explicar de onde virá o dinheiro. Rodrigo Pacheco argumenta que o projeto tem um relatório detalhado sobre isso.

Numa canetada só, em decisão monocrática, o ministro Cristiano Zanin deu a vitória ao presidente Lula. Não vou lembrar aqui que se trata do ex-advogado pessoal do presidente porque uma coisa não tem nada a ver com a outra. Agora, o plenário virtual do STF vai decidir até 6 de maio se vale ou não a desoneração.

Rodrigo Pacheco apareceu dando entrevista fora de seu estilo tradicional. Falou com palavras duras sobre a ação da AGU. Resolveu recorrer da decisão do ministro antes mesmo da votação final. A crise está aberta.

Pouco tempo atrás, o presidente do Senado investia contra o poder de decisões monocráticas para declarar que leis são inconstitucionais. Agora, a questão vai além do STF.

Talvez o Legislativo esteja escanteado enquanto o Poder Executivo passa a ver o Judiciário como aliado, agindo em conjunto para fazer valer as decisões de governo. É o que veremos ao final do julgamento.

Muita gente tem argumentado que Zanin acertou porque é preciso cortar benefícios fiscais. O STF pode vir a alegar que o governo não tem como absorver o impacto de abrir mão desses impostos, mais ou menos R$ 9,4 bilhões. É metade do valor que o governo teve de abrir mão com a anulação, pelo STF, das multas da Odebrecht e da J&F na operação Lava Jato. Alguém tem de pagar essa conta.

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