O “nós contra eles” da delação premiada O “nós contra eles” da delação premiada
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24.07.2023

O “nós contra eles” da delação premiada

Todos os brasileiros decentes querem que todos os homicídios cometidos no país sejam solucionados, inclusive o da então vereadora do PSOL Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, com a devida punição dos envolvidos, nos termos da lei...

Todos os brasileiros decentes querem que todos os homicídios cometidos no país sejam solucionados, inclusive o da então vereadora do PSOL Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, com a devida punição dos envolvidos, nos termos da lei.

O curioso é que, de repente, não mais que de repente, a esquerda lulista festejou uma delação premiada de um criminoso já preso, que resultou em prisão preventiva de outro.

No caso específico, o ex-PM Élcio Queiroz, que estava preso desde 2019 por ter dirigido o veículo para que Ronnie Lessa disparasse contra Marielle e Anderson, delatou o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, que foi preso nesta segunda-feira, 24 de julho de 2023.

Dono do carro usado para esconder as armas que estavam em um apartamento de seu amigo Ronnie Lessa, Suel foi acusado de ter ajudado a jogar o armamento no mar e acabou condenado em 2021 a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações, mas cumpria a pena em regime aberto.

A delação de Élcio, ocorrida a 15, 20 dias, de acordo com Flávio Dino, apontou que Suel também atuou na preparação do crime, “inclusive na ocorrência de campana, de vigilância de acompanhamento da rotina da vereadora Marielle”, conforme as palavras do ministro da Justiça do governo Lula.

Delação boa para a esquerda lulista é aquela usada para desvendar crimes cometidos contra seus representantes. Se tiverem sido cometidos por eles próprios, então é “fascismo”. Onde estão os garantistas da época da Lava Jato apontando que a prisão preventiva de Suel é para forçar delação, que ela não tem contemporaneidade já que o crime é de 2018, que não existem fatos novos, pois não consta que ele esteja tentando fugir, ameaçando testemunhas ou destruindo provas; que a medida foi baseada apenas em delação, sem provas de corroboração, e que a prisão preventiva do delator já ultrapassa os 1500 dias? Não era esse o quadro que os anti-lavajatistas, inclusive do STF, repudiavam, muitas vezes sem sequer condizer com os casos específicos?

Pela repercussão, pelo menos, o episódio só confirma o óbvio.

Nunca foi sobre os métodos, mas sobre os alvos.

Delação no dos outros é refresco. Agora, vale tudo.

Assista ao comentário de abertura de Felipe Moura Brasil no Papo Antagonista desta segunda-feira (24):

 

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O “nós contra eles” da delação premiada

Todos os brasileiros decentes querem que todos os homicídios cometidos no país sejam solucionados, inclusive o da então vereadora do PSOL Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, com a devida punição dos envolvidos, nos termos da lei...

Todos os brasileiros decentes querem que todos os homicídios cometidos no país sejam solucionados, inclusive o da então vereadora do PSOL Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, com a devida punição dos envolvidos, nos termos da lei.

O curioso é que, de repente, não mais que de repente, a esquerda lulista festejou uma delação premiada de um criminoso já preso, que resultou em prisão preventiva de outro.

No caso específico, o ex-PM Élcio Queiroz, que estava preso desde 2019 por ter dirigido o veículo para que Ronnie Lessa disparasse contra Marielle e Anderson, delatou o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, que foi preso nesta segunda-feira, 24 de julho de 2023.

Dono do carro usado para esconder as armas que estavam em um apartamento de seu amigo Ronnie Lessa, Suel foi acusado de ter ajudado a jogar o armamento no mar e acabou condenado em 2021 a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações, mas cumpria a pena em regime aberto.

A delação de Élcio, ocorrida a 15, 20 dias, de acordo com Flávio Dino, apontou que Suel também atuou na preparação do crime, “inclusive na ocorrência de campana, de vigilância de acompanhamento da rotina da vereadora Marielle”, conforme as palavras do ministro da Justiça do governo Lula.

Delação boa para a esquerda lulista é aquela usada para desvendar crimes cometidos contra seus representantes. Se tiverem sido cometidos por eles próprios, então é “fascismo”. Onde estão os garantistas da época da Lava Jato apontando que a prisão preventiva de Suel é para forçar delação, que ela não tem contemporaneidade já que o crime é de 2018, que não existem fatos novos, pois não consta que ele esteja tentando fugir, ameaçando testemunhas ou destruindo provas; que a medida foi baseada apenas em delação, sem provas de corroboração, e que a prisão preventiva do delator já ultrapassa os 1500 dias? Não era esse o quadro que os anti-lavajatistas, inclusive do STF, repudiavam, muitas vezes sem sequer condizer com os casos específicos?

Pela repercussão, pelo menos, o episódio só confirma o óbvio.

Nunca foi sobre os métodos, mas sobre os alvos.

Delação no dos outros é refresco. Agora, vale tudo.

Assista ao comentário de abertura de Felipe Moura Brasil no Papo Antagonista desta segunda-feira (24):

 

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