VÍDEO: Angelo Coronel usa sabatina de membros do CNMP para cobrar punição a Dallagnol
Enquanto as atenções estavam voltadas para a arrastada tramitação da reforma da Previdência na Câmara, senadores sabatinaram hoje mais cedo, na CCJ, três indicados para compor o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)...
Enquanto as atenções estavam voltadas para a arrastada tramitação da reforma da Previdência na Câmara, senadores sabatinaram hoje mais cedo, na CCJ, três indicados para compor o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Fernanda Marinela de Sousa e Sandra Krieger Gonçalves são indicações da OAB para ocupar a função pela primeira vez, inicialmente por 2 anos. Silvio Roberto Oliveira de Amorim Júnior, indicado do MPF, é candidato à recondução.
A sessão virou ocasião para atacar a atuação do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato. Renan Calheiros (MDB), que dispensa apresentações, e Rodrigo Pacheco (MDB), relator do recém-aprovado projeto de abuso de autoridade, por exemplo, fizeram discursos nessa linha.
Mas nenhum deles foi tão explícito quanto Angelo Coronel, do PSD da Bahia, aliado do governador petista Rui Costa. Mantendo um leve sorriso ao longo de toda a sua fala, o senador de primeiro mandato comentou o que chamou de “últimos acontecimentos” e acusou Deltan de “desvio de conduta”. Nas palavras de Coronel, o procurador “foi pego flagrantemente por um site de renome internacional”.
“Esse caso deverá ser julgado por vocês no futuro. Eu acho que o Ministério Público, por ser um guardião das leis do nosso país… A partir do momento que um membro pratica uma falta funcional e que a própria Corregedoria arquiva uma investigação, a meu ver, eu acho que macula a imagem do CNMP e do próprio MPF”, introduziu o senador, antes de prosseguir com a pergunta-chave.
“Vossas excelências estarão daqui a mais uns dias tomando posse [como conselheiros do CNMP]. Se cair na mão de vossas excelências [o caso do Deltan], qual seria a conduta, a maneira que os senhores iriam se posicionar, já que estão [estarão] fazendo parte de um órgão que é controlador?”
Coronel emendou que “quando um procurador se esquiva da sua investigação e se nega a apresentar seu celular, fica uma mácula na instituição”. O senador baiano também afirmou que Deltan “fugiu” de convites feitos pelo Congresso. “Uma afronta”, acrescentou.
Os três sabatinados não responderam. Esquivaram-se, mas entenderam o recado.
Assista à participação de Angelo Coronel:
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