Educando com o c*: a ditadura dos identitários que podem tudo porque censuram todos
Como os grupos radicais fetichistas e hipersexualizados conseguem silenciar qualquer oposição
Imagine a seguinte situação: um professor hétero, branco, e cisgênero decide mostrar seu órgão sexual em uma sala de aula e diz à classe que vai educar com a r*la. O que aconteceria? Muito provavelmente, o correto. O mundo viria abaixo. Seria um escândalo de proporções inimagináveis, e, com razão, o comportamento dele seria identificado como abuso e assédio sexual.
O assédio sexual é uma chaga no Brasil. O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, acaba de perder o cargo por acusações do tipo. Ele é professor universitário há anos. São muitos os casos de assédio e abuso que vêm à tona onde há relação de poder, como a existente entre professor e aluno. O predador sexual que consegue chegar ao topo pode torturar suas vítimas durante muito tempo até que seja parado. Esse é o ambiente para hipersexualização e banalização da abordagem sexual do poderoso? Claro que não.
Nada disso vale, no entanto, quando falamos da turma inimputável, o núcleo identitário. Um professor desse time, que tem um instagram hiper erotizado, resolve levar uma travesti para mostrar o ânus num evento educativo. Em plena Universidade Federal do Maranhão isso ocorre e ainda tem quem defenda.
Aqui, não estamos falando de uma discussão séria sobre sexualidade ou questões pedagógicas legítimas. Trata-se de uma performance grotesca, que em nada contribui para o debate acadêmico. Aliás, contribui para estigmatizar ainda mais a minoria das pessoas trans e travestis. O professor usa uma narrativa vazia para mascarar o que é, na verdade, um abuso do espaço educativo.
Tanto o professor que liderou o evento quanto sua convidada, uma travesti que cursou história e faz mestrado, dedicam suas redes sociais a expor a própria sexualidade. É algo bem explícito e com tons fetichistas, distante dos arquétipos mais comuns dos professores. É algo que parece ganhar legitimidade em alguns círculos universitários.
Esses grupos radicais fetichistas e hipersexualizados têm muito mais poder do que nossa sociedade admite, e eles avançam exatamente porque conseguem silenciar qualquer oposição.
Como eles fazem isso? É simples: você abre a boca para questionar a falta de qualidade do trabalho de alguém do grupo, imediatamente é rotulado de transfóbico, homofóbico, ou racista. O controle desses grupos é tamanho que muitos professores sérios, que tentam barrar a ascensão dessa agenda, acabam sufocados pelo medo das represálias. Eles sabem que um simples comentário pode ser distorcido, e suas carreiras podem ser destruídas.
A ascensão desses radicais dentro das universidades compromete a qualidade do ensino. A partir das ameaças e silenciamento, começam a galgar espaço nas estruturas de poder. Fetichistas radicais podem fazer parte, por exemplo, das comissões internas que julgam casos de assédio.
Ao entrar em comissões importantes, os identitários radicais passam a decidir o que pode ou não ser discutido, controlam o discurso e eliminam qualquer crítica. Não importa o quão ridícula ou descolada da realidade seja a atuação no ambiente universitário: se você criticar, está automaticamente contra todas as minorias e se torna um pária.
O problema, que fique claro, não é a defesa de minorias – isso é uma luta importante e legítima. O problema é quando essa defesa se transforma em uma cortina de fumaça para que se perpetue a hipersexualização e a superficialidade acadêmica. O Instagram desse professor, que expus aqui, é a prova clara: um perfil fetichista, hipersexualizado, lascivo. E, no entanto, ele permanece em sua posição acadêmica, protegido por uma ideologia que usa o identitarismo como escudo.
Se fosse um professor de fora da panelinha fazendo o mesmo, não permaneceria no cargo. Mas quando se trata de alguém que faz parte do grupo identitário certo, todas as críticas são imediatamente anuladas.
E o conteúdo acadêmico? Ele é igualmente superficial. Não há profundidade, não há compromisso com a produção de conhecimento nem com o ensino. Tudo se resume a usar o status de minoria como proteção para escapar de críticas, mesmo quando o trabalho é visivelmente fraco.
Essa ditadura identitária se espalha por todos os cantos das universidades. E o que mais preocupa é que ela não tem nada a ver com esquerda ou direita. Boa parte da esquerda, que deveria lutar contra isso, está igualmente acuada. Muitos professores de esquerda, feministas e progressistas, rejeitam essa hipersexualização absurda. Eles entendem que isso não é sobre inclusão, mas sobre uma agenda que compromete o futuro do ensino.
O mais trágico é que tudo isso virou mercado. Professores que deveriam estar comprometidos com a educação estão usando seus títulos para alavancar infoprodutos, OnlyFans e outras plataformas. “Eu sou a doutora que mostra o c* no OnlyFans” ou “Eu sou o professor fetichista” – é isso que o título acadêmico virou. Obter o título chancela artistas e influencers sem talento. E quem ousa criticar essa mercantilização do corpo dentro da academia? A censura é implacável.
Estamos diante de um ponto crítico. Se continuarmos permitindo que essa agenda hipersexualizada e fetichista domine as universidades, o que estará em jogo não é apenas a educação atual, mas o futuro das próximas gerações. A universidade deve ser um espaço de produção de conhecimento, debate livre e qualificado. Ela está se tornando palco para um espetáculo que prioriza o mercado dos influencers, a promoção do soft porn e a censura contra quem ousa defender o conhecimento.
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