A SEMANA EM 5 PONTOS: Previdência, decreto das armas e a ressurreição do abuso de autoridade
Confira os principais destaques da semana, que, apesar do feriado na quinta-feira, será bastante agitada em Brasília (assista ao vídeo abaixo)...
Confira os principais destaques da semana, que, apesar do feriado na quinta-feira, será bastante agitada em Brasília (assista ao vídeo abaixo):
1) A semana começa com Joaquim Levy fora do BNDES.
A demissão, antecipada por O Antagonista e confirmada ontem, foi um conselho do economista Armínio Fraga, amigo de Levy, depois que Jair Bolsnaro disse que a cabeça do então presidente do banco de desenvolvimento estava a prêmio em razão da nomeação como diretor de Marcos Pinto, que trabalhou para o governo do PT.
Esse, na verdade, foi apenas o estopim. Bolsonaro já não estaria satisfeito com Levy em razão da não abertura da caixa-preta dos contratos petistas no BNDES, como insiste o presidente, entre outros motivos.
Vamos acompanhar para saber quem substituirá Levy e como ficará a situação do BNDES no governo.
2) Após a leitura do relatório de Samuel Moreira, na semana passada, vai começar amanhã, terça-feira, na comissão especial da reforma da Previdência, a discussão em torno do voto do relator.
Há mais de 100 deputados inscritos para falar durante as sessões do colegiado.
O texto apresentado por Samuel foi finalizado depois de um consenso entre a maioria dos líderes partidários, que prometem avançar com a tramitação da reforma, apesar das duras críticas de Paulo Guedes. Rodrigo Maia espera a aprovação da proposta, no plenário da Câmara, antes do recesso parlamentar.
3) Também amanhã deverá ser analisado no plenário do Senado o parecer da CCJ pela derrubada do decreto que flexibiliza o porte de armas no Brasil.
A matéria ainda terá de ser analisada na Câmara.
A tendência é que, a despeito dos pedidos de Jair Bolsonaro para que senadores sejam pressionados a manter o decreto, a decisão da CCJ seja confirmada e as mudanças, já em vigor, percam eficácia.
4) Na quarta-feira, Sergio Moro, ministro da Justiça, vai à CCJ do Senado para prestar esclarecimentos sobre as mensagens roubadas envolvendo ele e integrantes da força-tarefa da Lava Jato.
Na próxima semana, Moro vai à CCJ da Câmara com o mesmo objetivo.
5) E ainda no Senado, amanhã, também na CCJ, deve ser votado o relatório do senador Rodrigo Pacheco (DEM) sobre o projeto das 10 medidas de combate à corrupção, que inclui o polêmico ponto sobre o abuso de autoridade. Se aprovado, a proposta poderá seguir para o plenário no mesmo dia.
O projeto estava parado e saiu da gaveta depois do vazamento das conversas envolvendo a Lava Jato, e após uma reunião entre Davi Alcolumbre e parte dos líderes no Senado.
O relator disse a O Antagonista que se trata apenas de uma coincidência e que o projeto já estava previsto para ser votado antes do recesso.
Acompanharemos tudo isso de perto.
Bom dia e uma boa semana.
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