Saiba tudo o que disse Francieli Fantinato à CPI
A ex-coordenadora do PNI Francieli Fantinato prestou depoimento nesta quinta-feira (8) à CPI da Covid. Ela foi exonerada ontem do Ministério da Saúde a pedido. Fantinato foi responsável pela definição do calendário de imunização no país...
A ex-coordenadora do PNI Francieli Fantinato prestou depoimento nesta quinta-feira (8) à CPI da Covid. Ela foi exonerada ontem do Ministério da Saúde a pedido.
Fantinato foi responsável pela definição do calendário de imunização no país. Ela atribuiu a lentidão no processo ao governo federal.
No início, a ex-servidora se recusou a jurar dizer a verdade aos senadores. No entanto, a pedido do relator, Renan Calheiros, o colegiado votou para que ela passasse da categoria de investigada para a de testemunha, quando é obrigada a dizer a verdade.
Saída do Ministério da Saúde
- Francieli Fantinato disse que a politização em torno da vacinação influenciou na sua saída do Ministério da Saúde. A ex-coordenadora do PNI disse que deixou o cargo por questões pessoais.
- A ex-servidora se recusou a dizer quem foram os responsáveis pela politização.
- Segundo ela, o fato de ser sido transformada em investigada sem sequer ser ouvida é uma das provas de que a politização ocorreu.
Postura do governo federal
- Francieli Fantinato afirmou que faltou apoio do governo federal na vacinação.
- Ela também disse que as falas negacionistas de Jair Bolsonaro prejudicaram o processo de imunização.
PNI
- A ex-coordenadora do PNI disse que faltaram vacinas para que o programa fosse cumprido com rapidez.
- Ela atribuiu a falta de doses ao governo federal.
- Fantinato afirmou que o PNI estava preparado para vacinar com os imunizantes da Pfizer, que não foram comprados no ano passado. Ela citou um entendimento com a intenção de compra de 70 milhões de doses.
- A ex-coordenadora do programa disse que houve um entrave sobre o cronograma de entrega das doses da farmacêutica.
- Fantinato afirmou que o PNI pediu, em junho de 2020, que o governo contratasse entre 140 milhões e 242 milhões de doses de vacinas do consórcio Covax para estruturar a imunização da população brasileira. Os pedidos foram ignorados pelo então secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, o número 2 de Eduado Pazuello. O Brasil acabou comprando a cota mínima à qual tinha direito, 42,5 milhões de doses.
Alteração de grupos prioritários
- Fantinato disse que houve pressão por parte de diversos segmentos para que fossem alterados os grupos prioritários de vacinação. Segundo ela, isso dificultou a campanha.
- A ex-coordenadora do PNI disse que o ex-diretor executivo do Ministério da Saúde coronel Elcio Franco foi o responsável por excluir os presidiários do grupo prioritário do programa
Intervalo maior entre as doses
- O senador Otto Alencar (PSD-AM) questionou a depoente sobre o intervalo de 12 semanas entre a aplicação das doses da vacina da Pfizer, apesar de a orientação da bula do imunizante ser de 21 dias.
- Fantinato alegou que uma nota da OMS sobre o assunto prevê o prazo de 12 semanas. Segundo ela, a decisão sobre o intervalo entre as doses foi tomada pelo PNI em conjunto com a Câmara Técnica.
- A ex-coordenadora do PNI ainda disse que existem estudos sobre a possibilidade de aplicar a vacina da Pfizer com intervalos de até 16 semanas.
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