CEO do maior banco americano compara IA com invenção da eletricidade
Jamie Dimon vê na tecnologia potencial de mudança comparável ao da invenção da imprensa, da eletricidade e da internet
O CEO da JPMorgan Chase, o maior banco dos Estados Unidos, Jamie Dimon, expressou em sua carta anual aos acionistas sua visão sobre o impacto da inteligência artificial (IA) nos negócios e na sociedade.
A instituição, conhecida por sua posição de liderança no setor financeiro global, começou a adotar a IA em suas operações há uma década, e Dimon vê nessa tecnologia um potencial de mudança comparável ao da invenção da imprensa, da eletricidade e da internet.
“Ainda que o efeito completo da IA e a velocidade de sua adoção em nosso negócio – ou seu impacto na sociedade – permaneçam incertos, estamos convencidos de que suas consequências serão extraordinárias, talvez até transformacionais, semelhantes a grandes invenções tecnológicas dos últimos séculos”, destacou Dimon. Essa perspectiva coloca a IA como uma força capaz de remodelar profundamente a forma como vivemos e trabalhamos, assim como fizeram tecnologias disruptivas anteriores.
2.000 especialistas
Ao longo dos anos, a JPMorgan Chase tem expandido significativamente sua equipe dedicada à IA, que agora conta com mais de 2.000 especialistas em IA/machine learning e cientistas de dados. A tecnologia já está sendo aplicada em mais de 400 casos de uso dentro do banco, abrangendo áreas como marketing, detecção de fraudes e avaliação de riscos, impulsionando valor real de negócios em diversas frentes.
A instituição também está explorando as capacidades do AI generativo (AGI) em várias esferas, incluindo engenharia de software, atendimento ao cliente, operações e aumento da produtividade dos funcionários. Dimon enfatiza o compromisso do banco em experimentar e implementar soluções de IA e ML de maneira segura e responsável, vislumbrando o GenAI como uma ferramenta para reimaginar completamente fluxos de trabalho de negócios.
Além das aplicações diretas em seus processos internos, a JPMorgan Chase utiliza IA para aprimorar a análise de dados e fortalecer suas estratégias de prevenção a fraudes e outros riscos de segurança. Dimon também ressalta a importância de se antecipar aos riscos associados à IA, especialmente em um contexto de evolução do cenário regulatório, e de utilizar a tecnologia para combater tentativas de infiltração em sistemas corporativos por atores mal-intencionados.
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