Astronautas presos em espaçonave enfrentam retorno de alto risco
A Starliner, desenvolvida como parte do Programa de Tripulação Comercial da NASA, tem o objetivo de transportar astronautas ao espaço sem a necessidade de utilizar a infraestrutura russa
Os astronautas da NASA, Suni Williams e Butch Wilmore, enfrentam uma situação considerada de alto risco em seu retorno à Terra a bordo da espaçonave Starliner da Boeing.
O lançamento, ocorrido em 5 de junho, deveria ser uma missão de uma semana, mas uma série de problemas técnicos, incluindo vazamentos de hélio e falhas nos propulsores, forçaram um adiamento para pelo menos 26 de junho.
A Starliner, desenvolvida como parte do Programa de Tripulação Comercial da NASA, tem o objetivo de transportar astronautas ao espaço sem a necessidade de utilizar a infraestrutura russa. No entanto, a missão inaugural tripulada foi marcada por diversos problemas. Durante o voo, Williams e Wilmore enfrentaram problemas com cinco propulsores e múltiplos vazamentos de hélio, com novos vazamentos sendo descobertos enquanto a espaçonave já estava em órbita.
Após o lançamento, os astronautas detectaram problemas em quatro propulsores e em válvulas de hélio, componentes essenciais para a estabilidade e controle da espaçonave. Os problemas forçaram a equipe a realizar manobras manuais para garantir a segurança e a viabilidade da missão.
Em uma manobra arriscada, Williams e Wilmore conseguiram reativar quatro dos propulsores defeituosos, permitindo que a Starliner se acoplasse com segurança à Estação Espacial Internacional (ISS).
Qual a Importância da Missão?
Esta missão é fundamental para validar os sistemas da Starliner e garantir a segurança das futuras missões tripuladas.
Segundo Steve Stich, gerente do Programa de Tripulação Comercial da NASA, “não há cenário em que a Starliner não consiga trazer Butch e Suni de volta para casa.” A equipe da NASA e da Boeing está usando o tempo extra para revisar os dados, analisar os problemas e preparar um retorno seguro.
O novo cronograma de retorno está marcado para esta quarta, 26 de junho, com uma segunda janela de oportunidade em 2 de julho caso novos problemas surjam.
A missão da Starliner é parte do esforço da NASA para diversificar e garantir o acesso ao espaço através de parcerias com empresas privadas. A Boeing, assim como a SpaceX de Elon Musk, foi contratada para desenvolver espaçonaves comerciais que pudessem transportar astronautas e cargas para a ISS, reduzindo a dependência dos Estados Unidos em relação aos veículos espaciais russos.
Enquanto a Boeing enfrenta críticas na Terra, a missão bem-sucedida de retorno da Starliner será crucial para restabelecer a confiança nos programas espaciais comerciais da empresa. Esta missão também ilustra a importância de ter redundância e múltiplas opções de transporte espacial, assegurando que, mesmo diante de falhas, os astronautas possam retornar com segurança à Terra.
Problemas com a Starliner da Boeing Começaram Antes Mesmo do Lançamento
Programado inicialmente para ocorrer no início de maio, o lançamento da Starliner foi adiado devido a um vazamento de hélio detectado no módulo de serviço da espaçonave. Este vazamento foi descoberto em um dos propulsores, componentes cruciais para a manobra da Starliner no espaço.
O hélio desempenha um papel fundamental no sistema de propulsão da espaçonave, sendo utilizado para pressurizar o combustível. Sem essa pressurização, a espaçonave não consegue realizar as manobras precisas necessárias durante a missão.
Os engenheiros da Boeing realizaram uma série de testes para garantir que o problema fosse resolvido. Esse processo incluiu a inspeção física, testes de pressão e uma revisão dos materiais e da montagem. Mesmo assim, os problemas continuaram durante a missão e os astronautas seguem em situação de risco.
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