Mario Sabino
Mario Sabino
Alexandre de Moraes diz que a censura não foi censura. Mas ela foi dupla
O ministro Alexandre de Moraes, entrevistado por Natuza Nery em evento promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, foi indagado pela repórter sobre a decisão de ter tirado do ar, em abril do ano passado, a reportagem da Crusoé que trazia o email de Marcelo Odebrecht no qual o empreiteiro se referia a Dias Toffoli como "o amigo do amigo do meu pai". O email estava entranhado na investigação oficial sobre o propinoduto da Odebrecht. Diante do escândalo geral, o ministro voltou atrás na decisão. Na sua resposta, Alexandre de Moraes repetiu a cantilena de que não foi censura: "A Constituição não proíbe a retirada de matérias, se ela for mentirosa. O que ela não permite é a censura prévia"...
A verdadeira reforma do Judiciário seria uma autofaxina
Você acha que o Brasil é uma nação de verdade?
Mario Sabino: Hebe e a dica sobre a Odebrecht
Bolsonaro e o mensalão da imprensa
Os nossos governantes repetem-se nos vícios de maneira tão enfadonha quanto escandalosa. Como publicamos, Jair Bolsonaro quer gastar quase meio bilhão em publicidade entre a segunda metade de 2021 e primeira metade de 2022, ano da eleição presidencial. É um Everest de dinheiro, perto do qual os atuais 124,5 milhões previstos para serem gastos até o meio de 2021 são um Pico da Neblina. Não há motivo para gastar tanto assim com publicidade estatal mesmo que houvesse folga no orçamento da União -- e ele está apertadíssimo...
Você, leitor, tem medo do "guardião" ao seu lado?
Marcelo Crivella não é um personagem que comova os leitores deste site. Dá para entender: o sujeito não tem a menor graça. Num campeonato de carisma, ele empataria com Geraldo Alckmin. Mas é necessário indignar-se muito com esse escândalo dos "guardiões de Crivella". Para evitar que a precariedade dos hospitais municipais do Rio de Janeiro fosse para o noticiário, o prefeito usava de uma espécie de milícia nas portas dos hospitais, os tais "guardiões'. Eles intimidavam cidadãos que se dispunham a falar com repórteres da Rede Globo -- que, por sua vez, eram também constrangidos no exercício da sua função. Nos começos da nossa triste República, antes de serem fechados, jornais que desagradavam ao governo eram empastelados...
A saída de Dallagnol mostra que a Lava Jato é mais um monumento abandonado no Brasil
A Lava Jato perdeu os seus dois maiores símbolos: Sergio Moro e Deltan Dallagnol. Ambos sofreram e sofrem uma campanha de perseguição odiosa e bem articulada. Ela começou no Partido dos Trabalhadores e ganhou adeptos no Supremo Tribunal Federal, depois que tubarões de PSDB e PMDB entraram na linha de tiro. Encorpou-se com advogados de réus, todos com bom trânsito na imprensa, e encontrou uma grande caixa de ressonância no jornais que divulgaram mensagens roubadas por hackers estelionatários. A campanha de perseguição acabou agregando a extrema direita, após Moro ter saído atirando do Ministério da Justiça...
O Rio de Janeiro é um retrato do próprio Rio de Janeiro
O afastamento de Wilson Witzel do governo do Rio de Janeiro, determinado pelo Superior Tribunal de Justiça, permite tirar conclusões menos ou mais gerais. A primeira é que talvez fosse recomendável, no plano nacional, não votar ou colocar em cargos importantes homens cujas mulheres são advogadas. Witzel é suspeito -- na verdade, suspeitíssimo -- de usar o escritório de sua mulher, Helena, para receber propinas de empresas que faturaram com a pandemia...
Mario Sabino: a cota da má consciência
Mario Sabino: a solidão ainda mais solitária
Pobre Brasil: sob Lula, não há estrangeiro que aguente; outra vez
Moraes doa em vaquinha para quitar dívida da Arena Corinthians
Solução de Alckmin para dólar vem da medicina chinesa
Pela primeira vez na história, dólar fecha acima de R$ 6
A "admiração" de Gilmar por Haddad
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