“Todos os que se alegram em atingir os valores dos cristãos jamais atacam Maomé”
Ives Gandra da Silva Martins, o pai, publicou um artigo hoje no Estadão sobre o especial de Natal do Porta dos Fundos. Para o jurista, o episódio merece "reflexão desapaixonada"...
Ives Gandra da Silva Martins, o pai, publicou um artigo hoje no Estadão sobre o especial de Natal do Porta dos Fundos.
Para o jurista, o episódio merece “reflexão desapaixonada” sobre a verdadeira extensão da liberdade de expressão, direito esse que, segundo ele, não pode se confundir com o que chamou de “direito de agressão”.
“Os produtores da farsa talvez desconheçam que, no mundo inteiro, há 2 mil anos pessoas abandonam tudo para viverem uma vida consagrada e dedicada a Cristo, o que vale dizer, abdicando de uma família humana para ingressar numa família religiosa. Para essas pessoas, qualquer agressão aos valores e princípios cristãos é uma agressão à sua própria família, que tem em Cristo a figura central. Agredir Cristo é como se, por exemplo, se agredisse a honra das mães dos diretores do Porta dos Fundos ou da Netflix, o que, à evidência, nem eles admitiriam, nem eu concordaria.”
Ele disse também:
“Impressiona-me, sempre, que todos os que se alegram em atingir os valores dos cristãos jamais atacam Maomé, visto que têm, certamente, receio das reações dos que professam a fé islamita, a qual não é de mera tolerância, como acontece com os cristãos.”
Diante de questionamentos nesse sentido, integrantes do Porta dos Fundos costumam afirmar que fazem, sim, piada com o Islã. Em janeiro de 2016, por exemplo, uma enquete do grupo fazia chacota, de fato, de terroristas islâmicos — sem referências diretas a Maomé, porém.
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