Megaoperação policial enfrenta tráfico e milícia em dez comunidades do Rio
Mobilização das forças policiais quer retomar regiões ocupadas da cidade e combater a criminalidade
As polícias militar e civil do Rio de Janeiro iniciaram uma megaoperação em dez comunidades da Zona Oeste da capital, com o objetivo de enfrentar a crescente disputa entre o tráfico de drogas e as milícias.
A ação, denominada “Ordo”, ocorre em locais como Cidade de Deus, Gardênia Azul e Rio das Pedras, entre outros, abrangendo bairros como Jacarepaguá, Barra da Tijuca e Recreio. A operação é acompanhada pelo governador Cláudio Castro e não tem previsão de término.
O governador fluminense destacou a importância de combater a lavagem de dinheiro e retomar serviços públicos na região. “Hoje estamos dando um grande passo contra a ação criminosa. Vamos combater todo o tipo de crime para garantir a ordem e o direito de ir e vir dos cidadãos de bem,” afirmou Castro.
A megaoperação busca estabilizar a região e demonstrar a força do poder público, apesar de críticas sobre a eficácia de ações anteriores. A presença contínua das forças de segurança será mantida enquanto necessário para garantir a retomada da ordem.
Rio de Janeiro e o crime organizado
As operações policiais são uma das principais estratégias adotadas contra o crime, unindo forças estaduais e federais.
Há uma força-tarefa federal, que trabalha na apreensão de bens e descapitalização das organizações criminosas com apoio do ministério da justiça e segurança pública. A presença federal inclui a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional e grupos de inteligência e investigação.
A integração de inteligência também é uma medida crucial. O Programa Nacional de Enfrentamento a Organizações Criminosas promove a integração do trabalho das polícias de todo o país, facilitando a troca de informações de inteligência e a realização de operações integradas.
No primeiro quadrimestre de 2024, houve uma redução de 25% nas mortes por letalidade violenta em comparação com o mesmo período do ano anterior. As mortes por intervenção de agentes do estado diminuíram 51%, e os homicídios dolosos caíram 17%. Houve também uma redução de 50% nos roubos de carga em abril de 2024 em comparação com abril de 2023.
Mais de 2 mil armas de fogo foram retiradas das mãos de criminosos entre janeiro e abril de 2024, incluindo 239 fuzis. Foram realizadas 14.056 prisões em flagrante e cumpridos 5.026 mandados de prisão no mesmo período, representando um aumento de 12% e 31%, respectivamente, em comparação com o primeiro quadrimestre de 2023.
Em 2023, o Rio de Janeiro registrou 3.388 homicídios, superando novamente São Paulo, que teve 2.977 homicídios no mesmo período.
“A violência é contrária à democracia” (oantagonista.com.br)
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