Filho de “El Chapo” e fundador do cartel de Sinaloa presos nos EUA
"O Departamento de Justiça não descansará até que todos os líderes, membros e associados do cartel sejam responsabilizados pelas mortes causadas", afirmou o Procurador-Geral dos EUA, Merrick Garland
Uma grande operação policial prendeu Joaquín Guzmán López, filho do traficante Joaquín “El Chapo” Guzmán, e de Ismael “El Mayo” Zambada García, cofundador do temido Cartel de Sinaloa. A captura, realizada em El Paso, Texas, foi anunciada pelo Procurador-Geral dos EUA, Merrick Garland.
Os dois narcotraficantes enfrentam uma série de acusações relacionadas às operações do cartel, incluindo a produção e tráfico de drogas sintéticas altamente letais que têm assolado os Estados Unidos. Garland afirmou: “O Departamento de Justiça não descansará até que todos os líderes, membros e associados do cartel sejam responsabilizados pelas mortes causadas.”
Ismael “El Mayo” Zambada, que ao lado de El Chapo fundou o Cartel de Sinaloa, assumiu a liderança total da organização após a prisão e extradição de Guzmán para os EUA em 2017. Sob sua direção e a dos filhos de El Chapo, conhecidos como “Los Chapitos”, o cartel expandiu suas operações de drogas, agravando a crise de overdose nos EUA.
Essa ação das autoridades americanas faz parte de uma ofensiva implacável contra os cartéis mexicanos, que têm inundado o mercado dos EUA com drogas mortais, agora a principal causa de mortes evitáveis entre americanos de 18 a 45 anos. A DEA e outros órgãos de aplicação da lei estão comprometidos em desmantelar essas organizações e interromper o fluxo de drogas devastadoras.
A captura de Zambada e Guzmán López representa um marco significativo na luta contra o tráfico de drogas, destacando a colaboração vital entre as autoridades dos EUA e do México para combater as atividades criminosas que destroem milhões de vidas.
Epidemia de Drogas Sintéticas Devasta Comunidades Americanas
Nos últimos anos, os Estados Unidos têm enfrentado uma crise sem precedentes causada pelas drogas sintéticas, com destaque para o fentanil. Este opioide sintético é muitas vezes descrito como 50 vezes mais potente que a heroína e 100 vezes mais forte que a morfina. Essa potência extrema torna o fentanil uma droga letal, responsável por um aumento alarmante nas overdoses e mortes.
O fentanil é um opioide sintético originalmente desenvolvido para tratar dores intensas, principalmente em pacientes com câncer. No entanto, sua alta potência e baixo custo de produção fizeram com que ele se tornasse uma substância popular no mercado ilegal de drogas. Frequentemente, o fentanil é misturado com outras drogas como heroína, cocaína e metanfetamina, muitas vezes sem o conhecimento do usuário, aumentando drasticamente o risco de overdose.
A crise do fentanil resultou em um aumento dramático no número de mortes por overdose nos Estados Unidos. Em 2022, as overdoses de opioides, lideradas pelo fentanil, foram responsáveis por mais de 70 mil mortes, um número que continua a crescer a cada ano. As comunidades mais afetadas são frequentemente as mais vulneráveis, incluindo áreas urbanas e rurais com acesso limitado a recursos de saúde mental e tratamento de dependências.
A epidemia de fentanil não só impacta a saúde pública, mas também tem profundas consequências sociais e econômicas. As famílias são devastadas pela perda de entes queridos, e as comunidades sofrem com o aumento da criminalidade e a sobrecarga dos serviços de emergência e saúde pública. Além disso, o custo econômico da crise dos opioides é estimado em bilhões de dólares anuais, incluindo despesas com saúde, perda de produtividade e custos com o sistema de justiça criminal.
Em resposta à crescente crise, as autoridades dos EUA intensificaram os esforços para combater o tráfico e o uso de fentanil. Operações de aplicação da lei têm focado em desmantelar redes de distribuição e prender os principais responsáveis pelo tráfico. Além disso, programas de prevenção e tratamento estão sendo implementados para ajudar os indivíduos a superar a dependência e reduzir o número de novas vítimas.
A DEA (Drug Enforcement Administration) destacou que o Cartel de Sinaloa e o Cartel Jalisco Nova Geração são os principais responsáveis pelo tráfico de fentanil para os Estados Unidos. Esses cartéis têm explorado a lucratividade do fentanil, fabricando a droga em laboratórios no México e contrabandeando-a através da fronteira.
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