“Comunistas temiam um simples jantar em família”
Ryan McMaken, economista americano, argumenta que a celebração doméstica e privada do Dia de Ação de Graças nos EUA é um símbolo da resistência às ideologias coletivistas
Ryan McMaken publicou nesta quinta-feira, 28, no site do Instituto Mises um artigo intitulado “Why Commies Hate Your Thanksgiving Dinner” (Por que comunistas odeiam seu jantar de Ação de Graças), no qual explora como tradições como o Dia de Ação de Graças se opõem aos ideais coletivistas, especificamente aqueles promovidos por regimes comunistas.
O autor descreve o jantar tradicional de Ação de Graças como um exemplo de autonomia privada e celebração familiar que historicamente desafiaria iniciativas de controle estatal sobre a vida cotidiana.
Segundo McMaken, a celebração moderna é um ritual doméstico e privado. A compra de alimentos, viagens e o consumo de entretenimento durante o feriado reforçam a importância do setor privado e da família como “bloco fundamental da sociedade humana”. Para ele, isso contrasta fortemente com o modelo soviético, que buscava eliminar a cozinha doméstica como espaço de autonomia familiar.
O autor menciona que, após a Revolução de 1917, o regime soviético promoveu cozinhas e apartamentos comunais para reduzir o tempo gasto em atividades domésticas e maximizar a produção industrial.
Um exemplo citado é o panfleto de propaganda de 1923, Down with the Private Kitchen (Abaixo a cozinha privada), que classificava cozinhas domésticas como “reacionárias” e incentivava o uso de refeitórios estatais. McMaken destaca que essas experiências muitas vezes resultavam em tensões extremas entre vizinhos, espionagem mútua e precariedade nos serviços oferecidos.
O contraste com o jantar de Ação de Graças americano é claro. Para McMaken, o feriado simboliza um momento em que “milhões de americanos consomem comida e entretenimento longe dos olhos atentos do estado”, um ato que seria inimaginável sob o controle de regimes como o soviético.
Ele observa que, mesmo nos anos mais rigorosos do comunismo, os cidadãos continuaram tentando preservar refeições privadas, mesmo que isso significasse conflitos e riscos dentro dos apartamentos comunais.
McMaken conclui que celebrações como o Dia de Ação de Graças destacam valores que resistem a visões coletivistas. Ele afirma: “Enquanto milhões de americanos passam o dia consumindo e desfrutando de tempo livre, esse cenário é exatamente o oposto do imaginado pelos ideólogos de Down with the Private Kitchen. Isso é algo pelo qual devemos ser gratos.”
Quem é Ryan McMaken
Ryan McMaken é economista e editor sênior no Instituto Mises, nos Estados Unidos. Ele é conhecido por suas análises críticas sobre economia política e história, frequentemente destacando os fracassos de políticas intervencionistas e coletivistas. McMaken é autor de diversos artigos e livros que defendem princípios libertários, com ênfase em descentralização e economia de mercado.
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