Atraso para servir o almoço salvou a vida de crianças em SC
O Estadão ouviu nesta quarta (5) uma professora da creche Pró-Infância Aquarela, em Saudades (SC), sobre o ataque que matou uma professora, uma funcionária e três crianças de menos de dois anos nesta terça (4)...
O Estadão ouviu nesta quarta (5) uma professora da creche Pró-Infância Aquarela, em Saudades (SC), sobre o ataque que matou uma professora, uma funcionária e três crianças de menos de dois anos nesta terça (4).
Segundo a professora —que estava dentro do local no momento do crime e não quis ser identificada—, no horário do ataque, às 10h, as 30 crianças da creche já deveriam estar reunidas no refeitório para o almoço.
“Estava na sala dos professores realizando atividades extraclasse, o almoço atrasou não sei por quê. Eu ouvi minha colega Keli [Aniecevski, a professora morta no ataque] dizer que atenderia uma pessoa no portão. Em seguida, ouvi gritos, larguei minha caixa de atividades e fui ver o que estava acontecendo. Ele [o assassino] já estava esfaqueando ela”, descreve a professora.
“Nesse momento eu gritei bem alto para avisar que tinha um homem armado dentro da escola, voltei para a sala, fechei a porta, peguei meu celular e avisei a Secretaria de Educação: ‘Mandem a polícia, tem um homem matando as pessoas aqui!'”, acrescenta.
Havia cerca de 20 funcionárias e professoras na creche na hora do ataque, e o aviso foi decisivo para que outras crianças fossem protegidas.
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