Ativista britânica chega ao Brasil para defender mulheres contra wokismo
Kellie-Jay Keen aborda o impacto da ideologia de gênero e os desafios globais dos direitos femininos
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Kellie-Jay Keen, conhecida como Posie Parker, desembarca no Brasil em sua primeira visita à América Latina. A ativista britânica, fundadora do movimento global “Let Women Speak“, defende os direitos das mulheres biológicas e critica políticas de identidade de gênero prejudiciais aos direitos femininos.
Em evento no Rio de Janeiro no próximo sábado, 1, organizado pela associação MATRIA, Keen busca reunir mulheres silenciadas para compartilhar suas experiências e debater os riscos da inclusão de homens em espaços reservados ao sexo feminino.
A ativista foi entrevistada com exclusividade para O Antagonista:
– Como você enfrenta a imprensa que rotula qualquer discordância da ideologia de gênero como transfobia, como acontece no Brasil e no Reino Unido?
“Quanto à forma como lido com os meios de comunicação, que rotulam o desacordo com a ideologia de gênero como ‘transfobia’, simplesmente os ignoro. Eu acabo abraçando o rótulo, na verdade, e então sigo em frente rapidamente.
Porque eles podem nos chamar do que quiserem e o fazem. Mas acho que isso é uma distração sobre a qual não tenho controle, como eles podem me rotular. E então eu simplesmente aceito, na verdade. E sigo falando sobre os direitos das mulheres.”
– A ordem executiva de Trump, que reforça direitos com base no sexo biológico, pode fortalecer movimentos como o “Let Women Speak”?
“A ordem executiva de Trump está muito bem formulada, ela usa a palavra sexo e não gênero em todo o seu texto, e é realmente explícita quanto a isso. Então acho que isso pode gerar conversas em outros lugares.
E por isso penso que sim, ela fortalece movimentos como o Let Women Speak, mas temos uma luta enorme a nível mundial para chegar perto de onde os americanos conseguiram chegar, agora que Trump emitiu essa ordem executiva.”
– O que seu movimento propõe para proteger meninas nas escolas da doutrinação de gênero?
“O perigo que esta ideologia representa especificamente para as meninas em idade escolar é dizer que seus limites não são importantes, e mais do que isso, elas não reconhecerão os seus limites, porque há fenômenos globais relativos ao desenvolvimento das meninas que passam pela puberdade. Um deles é o constrangimento extremo e o outro é querer se adaptar aos colegas.
Isso gera uma dissonância cognitiva nas meninas que fingem aceitar, e são socialmente pressionadas a aceitar os rapazes que afirmam ser meninas nos seus espaços, mas também o seu extremo constrangimento e o quão desconfortáveis se sentem.
Acho que tudo isso terá um impacto realmente prejudicial na forma como elas mitigam os riscos e como reconhecem as ameaças à sua segurança pessoal. O que o Let Women Speak faz é permitir que as meninas vejam que não há problema em falar as coisas. Não há problema em ser odiada.
Não há problema em falar a verdade. E eu sei que o Let Women Speak, em todo o mundo, na verdade, inspira as mulheres a serem mais corajosas e a pensarem que, em última análise, elas são suficientes.”
– Sua mensagem é baseada em ciência, mas é chamada de extremista. Como você desmistifica essa narrativa?
“Quanto ao rótulo de extremista, acho que na verdade o que é realmente extremo é um ser humano fingir ser do sexo oposto.
É uma posição extrema em relação à ciência, à ideologia ou qualquer outra coisa, então acho que temos que nos concentrar na verdade e não nos distrairmos muito por alguém nos chamar de extremistas. Por isso sempre usei uma linguagem muito clara, concisa, porque a verdade fala por si.”
– Que mensagem você daria às brasileiras perseguidas por questionarem políticas de identidade de gênero?
“A mensagem para as mulheres brasileiras é ‘a ajuda está a caminho’. Esta é uma ideologia construída sobre uma base de mentiras, que não pode se sustentar e, ao longo da história humana, a verdade sempre prevaleceu. Mulheres brasileiras: a ajuda está a caminho.”
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Comentários (1)
Fabio B
31.01.2025 08:37O Brasil é entre 2 a 5 anos atrasado em relação ao mundo civilizado, então aqui as narrativas woke discriminatórias ainda imperam.