Zanin deu tela azul em bolsomínions e luloafetivos
Está muito divertido acompanhar na internet o movimento de luloafetivos fingindo indignação com o ministro Cristiano Zanin, que votou contra a legalização da maconha...
Está muito divertido acompanhar na internet o movimento de luloafetivos fingindo indignação com o ministro Cristiano Zanin, que votou contra a legalização da maconha.
Se um cidadão comum diz que é contra as drogas, imediatamente ele passa a ser favorável ao genocídio do povo preto, fundamentalista religioso, extrema-direita e fascista.
Cristiano Zanin não é nada disso, ele errou. Além disso, os luloafetivos dizem que sempre foram contra a nomeação, queriam uma mulher negra. Lula estaria numa boa com a decisão porque é “conservador nos costumes”. Notem que não é fascista nem fundamentalista.
O duplo padrão escancarado mostra que não existe um pingo de seriedade no tratamento da questão por boa parte dos progressistas brasileiros. Falam com muita veemência sobre drogas apenas como desculpas para estereotipar quem questiona suas teorias.
Uma vez estereotipada, a pessoa deixa de ser um humano e todo ataque contra ela passa a ser não apenas permitido, mas premiado. De certa forma, é um processo que desnuda tanto o elitismo quanto o capachismo na esquerda. São tchutchucas com políticos poderosos e tigrões com a dona Maria que frequenta a Assembleia de Deus.
Quanto ao caso em si, entendo que o Congresso Nacional é o foro adequado para descriminalizar ou não. O STF tem decidido vários temas nessa linha fina entre a competência do Judiciário e do Legislativo. Quando o tema tem impacto social e é decidido na contramão do que pensam a maioria dos brasileiros, isso fragiliza a imagem da Justiça. Isso não é bom para ninguém.
Eu sou filosoficamente a favor de liberar todas as drogas. Entendo ser decisão pessoal se autodestruir e até pagar para fazer isso. Na prática, há outros pontos a pensar, como a segurança e o impacto social.
O caso brasileiro, por exemplo, não é simples como o do Uruguai, tão citado pelos progressistas. Somos um país continental, com o maior mercado consumidor da região e fronteira com praticamente todos os países da América do Sul.
Uma decisão aqui sobre legalizar drogas não pode ser feita sem coordenação com esses países ou criaríamos um caos. Ser o único país onde a droga é legal atrairia o tráfico dos outros países, que, uma vez cruzando a fronteira, teria produto legítimo, mercado e possibilidade de trânsito para o exterior.
Nada disso pode ser levado em conta pelo STF. Na verdade, só uma coisa precisa ser levada em conta: a lei.
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