Talibã tropical: MP quer impor religião à cantora Claudia Leitte
Não dá mais para aceitar que questões tão fundamentais quanto a liberdade de expressão e religiosa sejam tratadas com tamanha leviandade.
O Brasil parece ter entrado em um novo nível de absurdo. A tentativa do Ministério Público da Bahia de processar Claudia Leitte por mudar uma letra de música é uma amostra de como a justiça está sendo usada para promover uma agenda sem sentido. A cantora, que adaptou a palavra “Iemanjá” para “Yeshuá” em uma canção, agora se vê no centro de uma polêmica que expõe o grau de distorção em que vivemos. E o que é mais surreal: nem os autores da música reclamaram, e até figuras importantes da música baiana, como Carlinhos Brown, saíram em sua defesa. Então, por que essa perseguição?
O problema não é apenas o desperdício de recursos públicos em uma ação que não faz sentido algum. É a mensagem que isso passa. Quando o Ministério Público se dedica a criminalizar uma escolha artística – e pessoal – da cantora, o que está sendo imposto é, na prática, uma nova forma de intolerância religiosa.
Obrigar Claudia Leitte a cantar uma palavra que não reflete sua crença é, na definição clássica, intolerância religiosa. E o que torna tudo ainda mais grave é que em nenhum momento vemos uma reação à altura para impedir que o dinheiro público seja gasto em algo tão esdrúxulo.
Esse tipo de atitude tem ganhado força em um ambiente cada vez mais contaminado pela seita ideológica woke. Essa agenda, que deveria ser limitada ao espaço individual de quem acredita nela, está sendo empurrada para o poder público, financiada com dinheiro público, e agora usada para reprimir quem não se alinha. A liberdade de expressão está sendo substituída por um modelo em que a justiça tenta ditar como as pessoas devem agir, falar e, neste caso, cantar.
É uma agenda também focada em atacar valores cristãos. Não faltam exemplos de humoristas, artistas e militantes que ridicularizam símbolos religiosos cristãos. Isso já virou quase um ritual de entrada no mundo artístico de esquerda: primeiro você zomba do cristianismo, depois faz alguma declaração ousada sobre sua vida sexual e pronto, você é aceito no clube.
Mas quando uma cantora cristã decide adaptar uma letra de música, a reação é imediata. Processos, campanhas de difamação e o uso da máquina pública para impor um modelo ideológico. Isso é exatamente o oposto da liberdade que muitos pregam. É censura e das mais perigosas porque vem disfarçada de justiça.
O que está em jogo aqui não é apenas o caso de Claudia Leitte. É a relação entre o poder público e a população. A confiança no judiciário e no Ministério Público já está desgastada. Altos salários, privilégios e o custo que essas instituições representam já geram resistência. Quando, além disso, temos ações tão absurdas quanto essa, a hostilidade tende a crescer. Em vez de defender os interesses da sociedade, a Justiça acaba se tornando motivo de piada. E isso é perigoso.
O Brasil não pode continuar nesse caminho. Este poderia ser o ano para fazer uma limpa, para separar o que é justiça do que é militância disfarçada de processo legal. Cada vez que o poder público se envolve em absurdos como esse, o país perde mais um pouco de sua credibilidade. E, sejamos sinceros, já passamos do limite. Não dá mais para aceitar que questões tão fundamentais quanto a liberdade de expressão e religiosa sejam tratadas com tamanha leviandade. É hora de virar essa página.
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