Só tolos ou cúmplices acreditam em Bolsonaro
Arthur Lira repetiu por dias -- inclusive em entrevista no Papo Antagonista -- que Jair Bolsonaro lhe havia prometido respeitar a "vontade soberana" do plenário da Câmara em relação ao voto impresso. Ontem, após a PEC ser rejeitada, o deputado disse que agora era hora de sentar com o TSE para discutir medidas alternativas para melhorar a transparência e percepção de segurança do sistema...
Arthur Lira repetiu por dias — inclusive em entrevista no Papo Antagonista — que Jair Bolsonaro lhe havia prometido respeitar a “vontade soberana” do plenário da Câmara em relação ao voto impresso.
Ontem, após a PEC ser rejeitada, o deputado disse que agora era hora de sentar com o TSE para discutir medidas alternativas para melhorar a transparência e percepção de segurança do sistema.
Jair Bolsonaro, obviamente, não respeitou o acordo e voltou a atacar o voto eletrônico. Disse há pouco que, sem o voto impresso, o resultado da eleição de 2022 “não será confiável”. Também voltou a atacar Luís Roberto Barroso.
Luiz Fux, na semana passada, rompeu diálogo com o presidente da República depois dos reiterados ataques à democracia — o presidente do Supremo também tinha um “acordo de cavalheiros” com Bolsonaro.
Lira assumiu o ônus de levar a plenário o texto original da PEC do Voto Impresso, mesmo após a derrota da proposta na comissão especial. Carregou boa parte da bancada, desgastou-se em telefonemas e reuniões com líderes partidários para fazer a vontade de Bolsonaro. Minimizou o espetáculo pitoresco da micareta militar que invadiu ontem a Esplanada.
Foi feito de trouxa.
Só resta a Lira dar andamento ao impeachment ou passará a impressão de que é cúmplice das barbaridades do presidente da República.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)