Por que Lula se nega a dizer que Maduro é um ditador?
Houve uma insistência absurda de Lula em negar o óbvio: que a Venezuela está sob um regime ditatorial
O silêncio do presidente Lula e de parte da esquerda brasileira sobre os avanços tirânicos de Nicolás Maduro na Venezuela é revelador e eloquente. Durante anos, houve uma insistência absurda em negar o óbvio: que a Venezuela está sob um regime ditatorial. Lula, em várias ocasiões, ironizou a situação, comparando Maduro a Angela Merkel, que também ficou muitos anos no poder, mas num contexto democrático legítimo. Esse tipo de comparação é uma forma de desinformar, jogando com a ignorância de quem não entende as diferenças fundamentais entre um regime democrático e um autoritário.
Lula, agora, tenta mudar o discurso, sugerindo que Maduro tem seus problemas, mas evitando chamá-lo de ditador. A grande questão é: até quando essa ambiguidade vai durar? Se para o PT é difícil distinguir entre democracia e ditadura, o que garante que a defesa da democracia que eles prometem para o Brasil não seja, na prática, repetir alguns comportamentos de Maduro?
Lula se elegeu falando de uma ampla defesa da democracia, prometendo ser um bastião contra as ameaças autoritárias. No entanto, a realidade está mostrando um Brasil que, sob o olhar internacional, parece estar cada vez mais próximo de regimes que desprezam as liberdades individuais e os direitos humanos. A imprensa estrangeira está começando a colocar a conta dessa confusão no colo de Lula. Afinal, é o governo que deve garantir que o sistema funcione corretamente, e isso inclui proteger a liberdade de expressão e outros direitos fundamentais.
Comparar a situação brasileira com a da Venezuela traz à tona uma preocupação séria: qual é o verdadeiro conceito de democracia de Lula? Se ele não consegue definir claramente o que é democracia para ele, qual é a segurança de que ele não está, na verdade, defendendo práticas que minam a própria democracia?
Lula precisa entender que a democracia vai muito além de ter eleições. Trata-se de garantir alternância de poder, de assegurar que as regras sejam claras, aplicadas igualmente a todos, e que haja transparência nos processos políticos e decisões judiciais. A democracia que Lula diz defender deve coincidir com o conceito universalmente reconhecido pela ciência política, e não com uma versão distorcida e conveniente.
Não foi por falta de aviso que chegamos a este ponto. A população, por falta de compreensão do que realmente significa democracia, acaba sendo enganada por líderes que torcem o conceito para seus próprios interesses. Uma pesquisa recente mostrou que quase 40% dos brasileiros acreditam que, numa democracia, pode haver intervenção militar em caso de incompetência do presidente. Isso demonstra o quanto o conceito está corrompido no país.
A corrupção de uma sociedade começa pela corrupção das palavras. Sem preservar o real significado da palavra democracia, não há como preservar a própria democracia. É preciso que o presidente Lula seja cobrado para que adote uma postura clara e condizente com os princípios democráticos, tanto em suas relações internacionais quanto em suas ações internas. Não é aceitável continuar fingindo que ditadura é democracia, ou que defender o indefensável é, de alguma forma, um compromisso com a liberdade.
Por que Lula se nega a dizer que Maduro é um ditador?
Houve uma insistência absurda de Lula em negar o óbvio: que a Venezuela está sob um regime ditatorial
O silêncio do presidente Lula e de parte da esquerda brasileira sobre os avanços tirânicos de Nicolás Maduro na Venezuela é revelador e eloquente. Durante anos, houve uma insistência absurda em negar o óbvio: que a Venezuela está sob um regime ditatorial. Lula, em várias ocasiões, ironizou a situação, comparando Maduro a Angela Merkel, que também ficou muitos anos no poder, mas num contexto democrático legítimo. Esse tipo de comparação é uma forma de desinformar, jogando com a ignorância de quem não entende as diferenças fundamentais entre um regime democrático e um autoritário.
Lula, agora, tenta mudar o discurso, sugerindo que Maduro tem seus problemas, mas evitando chamá-lo de ditador. A grande questão é: até quando essa ambiguidade vai durar? Se para o PT é difícil distinguir entre democracia e ditadura, o que garante que a defesa da democracia que eles prometem para o Brasil não seja, na prática, repetir alguns comportamentos de Maduro?
Lula se elegeu falando de uma ampla defesa da democracia, prometendo ser um bastião contra as ameaças autoritárias. No entanto, a realidade está mostrando um Brasil que, sob o olhar internacional, parece estar cada vez mais próximo de regimes que desprezam as liberdades individuais e os direitos humanos. A imprensa estrangeira está começando a colocar a conta dessa confusão no colo de Lula. Afinal, é o governo que deve garantir que o sistema funcione corretamente, e isso inclui proteger a liberdade de expressão e outros direitos fundamentais.
Comparar a situação brasileira com a da Venezuela traz à tona uma preocupação séria: qual é o verdadeiro conceito de democracia de Lula? Se ele não consegue definir claramente o que é democracia para ele, qual é a segurança de que ele não está, na verdade, defendendo práticas que minam a própria democracia?
Lula precisa entender que a democracia vai muito além de ter eleições. Trata-se de garantir alternância de poder, de assegurar que as regras sejam claras, aplicadas igualmente a todos, e que haja transparência nos processos políticos e decisões judiciais. A democracia que Lula diz defender deve coincidir com o conceito universalmente reconhecido pela ciência política, e não com uma versão distorcida e conveniente.
Não foi por falta de aviso que chegamos a este ponto. A população, por falta de compreensão do que realmente significa democracia, acaba sendo enganada por líderes que torcem o conceito para seus próprios interesses. Uma pesquisa recente mostrou que quase 40% dos brasileiros acreditam que, numa democracia, pode haver intervenção militar em caso de incompetência do presidente. Isso demonstra o quanto o conceito está corrompido no país.
A corrupção de uma sociedade começa pela corrupção das palavras. Sem preservar o real significado da palavra democracia, não há como preservar a própria democracia. É preciso que o presidente Lula seja cobrado para que adote uma postura clara e condizente com os princípios democráticos, tanto em suas relações internacionais quanto em suas ações internas. Não é aceitável continuar fingindo que ditadura é democracia, ou que defender o indefensável é, de alguma forma, um compromisso com a liberdade.