Ciro Nogueira e Arthur Lira já colecionam derrotas políticas relacionadas à aliança com Jair Bolsonaro. Ontem, Rodrigo Pacheco mandou para a gaveta o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, que nem deveria ter sido apresentado, considerando a ausência de fundamentação jurídica do documento.

A peça de propaganda de Bolsonaro, porém, causou danos irreparáveis na relação entre os Poderes e expôs a incapacidade do ministro da Casa Civil de atuar como “amortecedor” entre as instituições.

Lira, por sua vez, atropelou o regimento para tentar agradar Bolsonaro, levando a plenário a PEC do Voto Impresso que havia sido derrotada duas vezes antes na comissão especial. O presidente da Câmara ficou com parte do ônus da derrota da proposta em plenário e ainda foi humilhado por Bolsonaro, que se negou a respeitar o resultado, como prometido ao próprio Lira.

Outra vítima da aliança com o sociopata é Ricardo Barros, que virou o bode expiatório do governo nos esquemas de compras de vacinas. A CPI da Covid fecha o cerco contra o líder do governo, que pode acabar preso e ter sua carreira política encerrada em breve.