Onde foram parar os defensores dos Yanomami?
Apontar os erros de Bolsonaro era necessário sobre a terra Yanomami, mas repeti-los e até piorá-los sem admitir falhas é inaceitável
A situação dos indígenas Yanomami é escandalosa. O governo Lula deve satisfações não só pela ineficiência em cumprir o que prometeu, mas também pela falta de transparência em relação aos números. Afinal, que história é essa de esconder dados?
Um governo que fez um verdadeiro carnaval alegando um genocídio, criando um ministério dedicado à causa indígena e iniciando processos judiciais para responsabilizar os culpados, agora se cala diante da continuidade das tragédias. A situação não melhorou e, em muitos aspectos, piorou.
As promessas de proteção e saúde não se concretizaram. Em 2023, primeiro ano do governo Lula, houve um recorde de mortes de crianças Yanomami de zero a cinco anos: 191 óbitos, um aumento de 24,8% em relação ao governo Bolsonaro, que já era alarmante.
O governo precisa se explicar.
Quando Jair Bolsonaro era presidente, as críticas a ele eram vistas por apoiadores fanáticos como perseguição infundada pela imprensa. Alegavam que a pandemia e a ação das ONGs internacionais justificavam os números. Porém, a cobrança sobre Bolsonaro era devida. O problema é outro: grande parte da imprensa não está cobrando Lula da mesma forma.
O que vemos é uma passividade preocupante. A cobrança que deveria ser proporcional à gravidade da crise Yanomami simplesmente não está acontecendo. Isso prejudica o povo brasileiro, que se sente injustiçado e sem respostas. Também afeta a credibilidade da imprensa, pois a população começa a acreditar que todos os jornalistas são coniventes, mesmo aqueles que agem corretamente. E, claro, é prejudicial ao próprio governo, que não entrega resultados satisfatórios.
Quando a ideologia woke entra pela porta, o contato com a realidade é jogado pela janela. A posse de Lula foi marcada por um desfile de influenciadores e figuras representativas de minorias, numa tentativa de parecer inclusivo. Colocar um indígena subindo a rampa do Palácio do Planalto e criar um ministério dos Povos Originários, com a ministra Sônia Guajajara, é um símbolo poderoso com resultados reais insatisfatórios.
A situação é ainda pior para as mulheres e a população negra. O governo Lula diminuiu o número de mulheres na Suprema Corte e tem regredido em políticas de cotas raciais. E agora, vemos uma grave deterioração dos direitos dos povos indígenas.
A hipocrisia é evidente. Apontar os erros de Bolsonaro era necessário, mas repeti-los e até piorá-los sem admitir falhas é inaceitável. Aqui, não se trata de debates em redes sociais ou de disputas políticas. Estamos falando de vidas humanas.
Em uma reserva indígena com cerca de 30 mil habitantes, 191 mortes de crianças abaixo de cinco anos em um ano é um número chocante. Quase uma criança morta por dia. Isso é inaceitável.
O governo Lula deve satisfações não só à população Yanomami, mas a todo o Brasil.
Onde foram parar os defensores dos Yanomami?
Apontar os erros de Bolsonaro era necessário sobre a terra Yanomami, mas repeti-los e até piorá-los sem admitir falhas é inaceitável
A situação dos indígenas Yanomami é escandalosa. O governo Lula deve satisfações não só pela ineficiência em cumprir o que prometeu, mas também pela falta de transparência em relação aos números. Afinal, que história é essa de esconder dados?
Um governo que fez um verdadeiro carnaval alegando um genocídio, criando um ministério dedicado à causa indígena e iniciando processos judiciais para responsabilizar os culpados, agora se cala diante da continuidade das tragédias. A situação não melhorou e, em muitos aspectos, piorou.
As promessas de proteção e saúde não se concretizaram. Em 2023, primeiro ano do governo Lula, houve um recorde de mortes de crianças Yanomami de zero a cinco anos: 191 óbitos, um aumento de 24,8% em relação ao governo Bolsonaro, que já era alarmante.
O governo precisa se explicar.
Quando Jair Bolsonaro era presidente, as críticas a ele eram vistas por apoiadores fanáticos como perseguição infundada pela imprensa. Alegavam que a pandemia e a ação das ONGs internacionais justificavam os números. Porém, a cobrança sobre Bolsonaro era devida. O problema é outro: grande parte da imprensa não está cobrando Lula da mesma forma.
O que vemos é uma passividade preocupante. A cobrança que deveria ser proporcional à gravidade da crise Yanomami simplesmente não está acontecendo. Isso prejudica o povo brasileiro, que se sente injustiçado e sem respostas. Também afeta a credibilidade da imprensa, pois a população começa a acreditar que todos os jornalistas são coniventes, mesmo aqueles que agem corretamente. E, claro, é prejudicial ao próprio governo, que não entrega resultados satisfatórios.
Quando a ideologia woke entra pela porta, o contato com a realidade é jogado pela janela. A posse de Lula foi marcada por um desfile de influenciadores e figuras representativas de minorias, numa tentativa de parecer inclusivo. Colocar um indígena subindo a rampa do Palácio do Planalto e criar um ministério dos Povos Originários, com a ministra Sônia Guajajara, é um símbolo poderoso com resultados reais insatisfatórios.
A situação é ainda pior para as mulheres e a população negra. O governo Lula diminuiu o número de mulheres na Suprema Corte e tem regredido em políticas de cotas raciais. E agora, vemos uma grave deterioração dos direitos dos povos indígenas.
A hipocrisia é evidente. Apontar os erros de Bolsonaro era necessário, mas repeti-los e até piorá-los sem admitir falhas é inaceitável. Aqui, não se trata de debates em redes sociais ou de disputas políticas. Estamos falando de vidas humanas.
Em uma reserva indígena com cerca de 30 mil habitantes, 191 mortes de crianças abaixo de cinco anos em um ano é um número chocante. Quase uma criança morta por dia. Isso é inaceitável.
O governo Lula deve satisfações não só à população Yanomami, mas a todo o Brasil.