Morte de Prigozhin deixa mais caros os afagos de Lula em Putin
Já passou da hora de o presidente Lula deixar claras quais são suas intenções com tanto afago a Vladimir Putin. A morte do líder do Grupo Wagner, Yevgeni Prigozhin, vai fazer com que esse carinho custe...
Já passou da hora de o presidente Lula deixar claras quais são suas intenções com tanto afago a Vladimir Putin. A morte do líder do Grupo Wagner, Yevgeni Prigozhin, vai fazer com que esse carinho custe muito mais caro ao Brasil.
A invasão da Ucrânia contrariou os prognósticos iniciais de que seria rápida e com vitória russa. É uma guerra que se arrasta ao longo do tempo e vem mudando as relações geopolíticas. A América Latina, a prosseguir o conflito, pode acabar afetada por ele. Lula tomou a decisão de voluntariamente enfiar o Brasil no meio.
Decidiu em determinado momento dizer que iria promover a paz entre os dois países. Permitam o clichê “seria cômico se não fosse trágico”. A chance real de um presidente do Brasil interferir no conflito é muito próxima de zero, e isso independe da ideia de grandeza que ele faça de si.
O problema começa quando Lula decide reescrever o conceito de “paz”. Martin Luther King dizia que “a verdadeira paz não é a ausência de conflito, é a presença de justiça”. O arcebispo Desmond Tutu também tinha uma frase interessante: “Se você fica neutro em situações de injustiça, você escolheu o lado do opressor”.
A Rússia invadiu a Ucrânia massacrando civis e o ditador russo já foi condenado por genocídio em corte internacional. A exemplo de outros ícones internacionais, Lula lançou sua frase sobre paz: “Quando um não quer, dois não brigam”.
Reiteradas vezes faz o discurso de defesa de Putin da forma velada, como Desmond Tutu alertou que pode ser feito. O comportamento já foi detectado internacionalmente, tanto pela imprensa quanto pelo presidente da Ucrânia. O Brasil já é visto como aliado de Putin apesar de não votar sempre assim na ONU.
Há uma epidemia que atinge inimigos do ditador russo. Morrem frequentemente caindo da janela, de escadas e envenenados. O líder do Grupo Wagner, aliado que se rebelou e aparentemente foi perdoado, caiu de avião. Ocorre que essa era uma força importante para a manutenção da guerra na Ucrânia e do poderio russo. De que armas Putin lançará mão agora?
A guerra muda de patamar. A maioria dos parceiros tradicionais do Brasil se posicionou contra a invasão da Ucrânia. Os afagos de Lula a Putin começam a ficar mais caros para o Brasil e isso pode ter consequências práticas. Nós pagaremos o preço, quem decide quanto é o presidente.
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