Moro precisa de Bivar e vice-versa
Não é apenas Sergio Moro que precisa da União Brasil de Luciano Bivar para dar musculatura à sua campanha presidencial. Bivar também precisa do ex-juiz, de preferência eleito presidente da República, ou acabará sucumbindo ao nascente poder de ACM Neto, especialmente se o baiano do DEM for eleito governador...
Não é apenas Sergio Moro que precisa da União Brasil de Luciano Bivar para dar musculatura à sua campanha presidencial. Bivar também precisa do ex-juiz, de preferência eleito presidente da República, ou acabará sucumbindo ao nascente poder de ACM Neto, especialmente se o baiano do DEM for eleito governador.
A União Brasil, que será homologada na terça-feira pelo TSE, deve eleger três governadores: ACM Neto na Bahia, Ronaldo Caiado em Goiás e Gean Loureiro em Santa Catarina.
À frente de um reduto importantíssimo para o PT no Nordeste e com canal de interlocução com Lula, ACM Neto naturalmente será um interlocutor privilegiado da presidência petista e acabará tomando conta da legenda hoje presidida por Bivar. Seu objetivo, claro, é o Palácio do Planalto, em 2026.
Atraído por ACM Neto para essa fusão entre PSL e DEM, Bivar está quase arrependido e se vê preso numa armadilha. Teme perder o apoio interno de Rueda, o pupilo que cresceu e se tornou um dirigente pragmático — e dono do cofre bilionário da legenda.
Se Lula não é uma opção para Bivar, Jair Bolsonaro tampouco. O cacique do PSL tem ódio figadal do ex-aliado a quem cedeu o partido para a eleição de 2018. Os motivos são vários e não cabe aqui enumerá-los.
Importa apenas dizer que, neste caso, uma ainda que improvável reeleição de Bolsonaro agradaria a Ronaldo Caiado, que assumiria então o protagonismo político na legenda, com acesso ao generoso orçamento federal, com ou sem emendas secretas.
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