Moro disse as coisas certas
Sergio Moro (foto) disse as coisas certas na tarde dessa sexta-feira (1). Ele pôs o projeto do Centro Democrático à frente de sua pretensão de ocupar a presidência, afirmando ao mesmo tempo que não a descartou definitivamente. Pediu, além disso, que todos os outros pré-candidatos da Terceira Via, agora rebatizada, tenham o mesmo desprendimento. Ele citou Simone Tebet, João Doria, Eduardo Leite, Luiz Felipe D'Ávila - e não esqueceu de mencionar André Janones. Ficou agora mais difícil do que era ontem decretar a morte de uma candidatura unificada e contraposta às de Lula e Bolsonaro.
Sergio Moro (foto) disse as coisas certas na tarde dessa sexta-feira (1).
Ele pôs o projeto do Centro Democrático à frente de sua pretensão de ocupar a presidência, afirmando ao mesmo tempo que não a descartou definitivamente. Pediu, além disso, que todos os outros pré-candidatos da Terceira Via, agora rebatizada, tenham o mesmo desprendimento. Ele citou Simone Tebet, João Doria, Eduardo Leite, Luiz Felipe D’Ávila – e não esqueceu de mencionar André Janones. Ficou agora mais difícil do que era ontem decretar a morte de uma candidatura unificada e contraposta às de Lula e Bolsonaro.
Houve dois ruídos no discurso. Primeiro, Moro negou categoricamente a intenção de candidatar-se a deputado federal pela União Brasil, à qual acaba de se filiar. Já começou a gritaria no partido, pois muitos de seus caciques, especialmente os oriundos do antigo DEM, só toparam recebê-lo sob essa condição. Moro deu munição aos inimigos que o chamam de “traidor de Bolsonaro” e agora vão dizer que ele também quebrou uma promessa feita à União. Faltou traquejo.
Moro também deu a maior canja para Luciano Bivar, o presidente de sua nova legenda.
Tudo bem, Bivar o apadrinhou e certamente vai ajudá-lo a se proteger das flechas que serão atiradas contra ele de dentro da própria União Brasil. Mas Moro o tratou como “o grande articulador do Centro Democrático”. Era tudo que Bivar queria. Ele sonha em ser vice em uma chapa, ou até mesmo candidato à presidência. Tendo em vista que seu apelo eleitoral é inversamente proporcional à sua habilidade nos bastidores, essa pretensão pode se tornar rapidamente um fator de desagregação do Centro. E Moro corre o risco de se tornar ferramenta da vaidade alheia.
O balanço, no entanto, é bom. Moro desmentiu as cassandras que deram o Centro Democrático como liquidado. O centro está vivo e chutando. É importante que ele seja ouvida de maneira nítida neste ano, seja qual for o desfecho do primeiro turno das eleições.
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