Jerônimo Teixeira na Crusoé: “Por que não quero Dino no STF”
Manifestos, panfletos e abaixo-assinados não são minha praia. O barato desta coluna é a crítica, não a reivindicação. Mas as especulações sobre o próximo ministro do STF despertaram ímpetos carbonários em mim...
Manifestos, panfletos e abaixo-assinados não são minha praia. O barato desta coluna é a crítica, não a reivindicação. Mas as especulações sobre o próximo ministro do STF despertaram ímpetos carbonários em mim. Decidi que era o caso de lançar meu “ele não!” particular. Lá vai: Não quero que Flávio Dino seja ministro do Supremo Tribunal Federal.
Recém-saído de uma cirurgia no quadril, é possível que Lula busque alívio para o desconforto pós-operatório na indicação imediata de seu favorito à corte máxima. Quando esta coluna for publicada, Dino talvez já seja ministro do STF (ou quase: dizem que ele enfrentaria resistências no Senado). Assumo o risco de publicar um artigo defasado. Aliás, até torço para que este texto se revele inútil. Vale dizer, torço para que outra pessoa se instale na cadeira ocupada por Rosa Weber até o fim do mês passado.
Não questiono as qualificações de Dino. Ele é brasileiro nato, adulto, e parece dominar o aparato legal – gosta de rechear seus discursos com referências a artigos da Constituição. Minha objeção a seu nome tampouco é de natureza ideológica. O país optou por um presidente de esquerda e é prerrogativa desse mandatário eleito escolher um juiz progressista.
O que considero realmente perigoso é assentar na corte um homem tão enraizado no solo da política mais comezinha – e tão habituado a responder às oscilações sísmicas desse solo…
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