Hezbollah no Brasil: chegou a hora de entender o terrorismo islâmico
Parece até filme a prisão de dois terroristas do Hezbollah no Brasil. O pior é que eles efetivamente estavam nos atos preparatórios para um atentado...
Parece até filme a prisão de dois terroristas do Hezbollah no Brasil. O pior é que eles efetivamente estavam nos atos preparatórios para um atentado, segundo a Polícia Federal.
O Mossad israelense colaborou com o Brasil para efetuar a prisão. O primeiro-ministro de Israel, que já enfrentava uma grave crise política antes da guerra, aproveitou num pronunciamento o sucesso de evitar um atentado.
Em vez de agradecer a Israel, o governo Lula entrou em atrito. Entram em jogo de novo as declarações lacradoras de Flávio Dino. Ele é outro que precisa de fatos políticos para ofuscar a tragédia na segurança, função de sua pasta.
Enquanto os políticos brigam pela própria pele, nós precisamos aprender o que é terrorismo islâmico, sua lógica e como atua. Talvez você pense que Hezbollah no Brasil é um delírio. Infelizmente não.
Logo após a Revolução Islâmica do Irã, o aiatolá Khomeini enviou representantes seus pelo mundo, para tentar reproduzir o movimento. Foram feitas células na Argentina e no Brasil já no início da década de 1980.
Essas células se consolidaram ao longo do tempo. Em 1994, os centros islâmicos montados por elas passaram a ser questionados após o atentado na Amia, em Buenos Aires.
O prédio da associação israelita foi explodido, matando 85 pessoas e deixando mais de 300 feridas. Até hoje não foi feita justiça, ninguém foi condenado. Os líderes do Hezbollah na Argentina e no Brasil aparecem ao longo de todo o inquérito.
Outro ponto que ficou evidente é a relação entre esses grupos e a esquerda latino-americana. Esse ponto fica muito claro na apuração do atentado. Há um documentário interessantíssimo sobre o caso na Netflix, Nisman: o Promotor, a Presidente e o Espião.
Esses grupos têm sido monitorados pelas autoridades policiais da região, em colaboração internacional que envolve vários países. O ponto em que as autoridades mais se concentram é a tríplice fronteira, em Foz do Iguaçu.
Há alguns anos, a Polícia Federal brasileira já havia prendido no Paraguai um dos cabeças do Hezbollah na região, especialista em tráfico de drogas para financiar o grupo terrorista.
O surpreendente agora é a intenção de um atentado no Brasil e a preparação efetiva para isso. Geralmente, o problema era a atividade criminosa ilegal para irrigar financeiramente o grupo.
Essa é a lógica de guerra que precisamos passar a compreender. Não é entre dois países: é uma jihad global contra os infiéis.
Os porta-vozes do Hamas já declararam que o ataque terrorista de 7 de outubro foi só o início da jihad global. Infiéis são todos aqueles que não seguem à risca as regras da lei islâmica. Infiéis devem ser assassinados, e há muitos dispostos a arriscar a própria vida por isso. O prêmio é divino, não terreno.
Há mistificadores, oportunistas e imbecis em geral falando como se fosse possível negociar com grupos terroristas. Muita gente acredita que cessar fogo ou ceder terras pararia a guerra. Chegou a hora da reconciliação com os fatos, que são duros.
A jihad foi lançada, há células dos grupos terroristas em todo o mundo e gente disposta a fazer o mesmo que o Hamas fez em Israel. Com ajuda do Mossad, a Polícia Federal fez um trabalho eficiente de prevenção. Resta saber se estamos preparados para o que vem por aí.
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