Governo Lula já deixou bem claro o que pensa do Hamas
O governo Lula já deixou bem claro o que pensa do Hamas, resta agora entender em que tipo de democracia nos metemos. As declarações vergonhosas sobre os dois cidadãos brasileiros assassinados pelos terroristas são cristalinas...
O governo Lula já deixou bem claro o que pensa do Hamas, resta agora entender em que tipo de democracia nos metemos. As declarações vergonhosas sobre os dois cidadãos brasileiros assassinados pelos terroristas são cristalinas.
Temos um governo que se elegeu prometendo representar todos os brasileiros, em um movimento engana-trouxa de frente ampla. Agora, chegamos a um momento em que é preciso fazer uma escolha.
O governo Lula poderia escolher representar todos os brasileiros e agir contra terroristas que matam civis brasileiros. Poderia escolher não agir, manter a neutralidade, mas condenar os terroristas que matam civis brasileiros. Resolveu contemporizar.
O PT tem laços ideológicos com o Hamas. Aqui não se confunda essa questão com o posicionamento sobre a Palestina em si. Falamos de um grupo terrorista e jihadista financiado e armado pelo Irã, que assiste de camarote ao apocalipse na faixa de Gaza.
Em 2010, depois de visitar o Oriente Médio, Lula declarou o seguinte: “É preciso colocar todo mundo em uma mesa de negociação: quem está conversando com o Hamas, quem está conversando com o Hezbollah, quem está conversando com a Síria, quem está conversando com o Irã?”
A dissonância cognitiva é proposital e continua fazendo parte do discurso petista. Lula coloca os governos da Síria e do Irã no mesmo patamar de grupos terroristas armados numa guerra santa para destruir seus inimigos.
Há dois anos, quando o Reino Unido declarou o Hamas uma organização terrorista, deputados do PT fizeram uma nota a favor. Agora, tem deputada do PT que gravou vídeo dizendo que a ação do Hamas é legítima. Partidos satélites do PT fazem protestos comemorando a ação do Hamas.
Se você imagina que esses grupos terroristas islâmicos são algo para o outro lado do mundo, melhor abrir os olhos. Um dos maiores terroristas do Hezbollah, Assad Ahmad Barakat, foi preso pela Polícia Federal brasileira em 2018, a pedido da justiça do Paraguai.
Na região da tríplice fronteira, há um núcleo de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro para financiar as atividades dos terroristas. O governo de Nicolás Maduro, por exemplo, abriga esses terroristas abertamente, e isso é de conhecimento da nossa Polícia Federal.
O caso do assessor extremista demitido depois de rir do sofrimento de uma refém do Hamas é emblemático. Ninguém se sente à vontade para falar isso em público se não estiver em um ambiente favorável. Ele é assessor ligado ao PT há muitos anos, esteve até na Secretaria de Assuntos Estratégicos de Dilma.
As máscaras estão caindo. Muitas pessoas que posavam de moderadas e diziam defender a causa palestina agora mostram que, na verdade, defendem grupos como o Hamas.
Os movimentos contra o discurso de ódio, tão aguerridos para patrulhar comediante, parecem adormecidos. Diante de declarações de apoio a terrorismo, deboche de vítimas de terrorismo e até afirmações claramente antissemitas, o silêncio incomoda.
Fica muito claro que estamos vulneráveis a tudo isso. As forças que diziam se opor a essas práticas estavam, na verdade, usando o tema para perseguições pessoais e guerras ideológicas. Eu gostaria muito de estar errada e ver amanhã o Ministério Público, agências de checagem e os Sleeping Giants da vida tão aguerridos agora quanto foram com bolsonaristas.
É importante deixar claro que a violência dos grupos terroristas jihadistas não pode ser comparada a nenhuma outra pela natureza dos movimentos. Eles crêem que estão numa guerra santa e o objetivo é apenas eliminar infiéis. É algo que parece guerra do século 11, não do 21. Difícil para a gente compreender o raciocínio.
Para se ter uma ideia, eles assassinaram nos atentados terroristas militantes israelenses a favor da causa palestina. Era gente que sempre se declarou frontalmente contra a política de Israel e trabalhava em organizações pró-Palestina. Nada disso interessa a terroristas jihadistas.
A relação da esquerda brasileira com esses grupos é difícil de entender e explicar. Eles são contra tudo o que a esquerda e os progressistas juram defender.
Falamos de gente que defende mulher de burca, direito de matar mulher que não usa hijab do modo correto, apedrejamentos públicos por sexo fora do casamento, assassinato bárbaro e com plateia dos homossexuais, proibição de qualquer outra religião e até do ateísmo.
Ocorre que o mundo tem uma nova configuração geopolítica. O PT assumiu o primeiro governo num cenário mundial liderado pelos EUA e pelas democracias liberais da Europa. Agora, o mundo parece começar a fazer um ajuste no qual China, Rússia e Irã ganham peso.
Aparentemente, o governo Lula já escolheu em que bloco nos colocar. Resta agora encarar os fatos e entender em que tipo de democracia o Brasil irá viver.
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