Fala machista de Lula não é isolada, mas feministas sempre o perdoam
Contradição é evidente: o governo Lula diz promover a igualdade de gênero, mas, na prática, diminui os direitos das mulheres
Lula fez brincadeira com violência doméstica após o futebol, meteu o Corinthians no meio. A fala de Lula foi, sim, machista. E não foi a primeira. Ele tem feito comentários machistas há muitos anos e não mudará, pois não há cobrança do seu eleitorado para que ele mude. O movimento feminista, amplamente concentrado na esquerda, nunca exigiu que Lula demonstrasse respeito ou cuidado em suas declarações sobre mulheres. E não se iludam: Janja, a primeira-dama, também não cobra.
Janja representa uma realidade da quarta onda do feminismo. Segundo Meghan Daum, no livro The Problem with Everything, essa onda não luta realmente pelos direitos das mulheres, mas sim para parecer que está lutando. Janja exemplifica isso ao colocar meias da Frida Kahlo em Lula e ao reclamar sobre a falta de mulheres no governo, enquanto, na prática, o governo reduz a representatividade feminina em cargos de primeiro escalão e no Supremo Tribunal Federal.
A contradição é evidente: um governo que diz promover a igualdade de gênero, mas que, na prática, diminui os direitos das mulheres. A cereja do bolo é Janja adotando o sobrenome do marido, Lula, e ainda querendo convencer o país de que é feminista. Isso é um reflexo do identitarismo que finge defender minorias, mas na verdade não promove mudanças significativas. Temos uma “feminista” que usa sobrenome do marido em pleno século XXI.
A situação fica ainda mais alarmante quando observamos as alianças internacionais do governo. O Brasil, sob Lula, tem se aproximado de países como o Irã, onde os direitos das mulheres são brutalmente reprimidos. Recentemente, o governo brasileiro votou contra a continuidade de uma investigação da ONU sobre violações dos direitos humanos das mulheres no Irã. Foi o voto de minerva para que o Irã fosse liberado. Esse posicionamento internacional impacta diretamente as políticas internas e representa um retrocesso significativo para os direitos das mulheres no Brasil.
Na política brasileira, as mulheres são frequentemente desvalorizadas e atacadas de maneiras que os homens não são. Homens são criticados por suas ações, enquanto mulheres enfrentam ataques pessoais, frequentemente relacionados à sua aparência, idade, vida afetiva e sexualidade.
A complacência do movimento feminista com o comportamento de Lula é preocupante. Figuras femininas importantes para a eleição, como Simone Tebet e Marina Silva, foram relegadas ao segundo plano, enquanto Janja é promovida simplesmente por ser esposa de Lula. Isso envia uma mensagem clara: o valor das mulheres na política está sendo medido pela associação com homens poderosos, e não por suas próprias capacidades.
A imprensa também desempenha um papel nesse cenário, ao não criticar o comportamento machista de Lula com a mesma veemência que faria se fosse outro político. A esquerda permite que seus líderes sejam machistas sem consequências, criando uma instituição nacional do “esquerdomacho”, com Lula como seu representante máximo.
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