Eles levaram a bola para casa, mas Pablo Marçal continuou o jogo
Eleição de 2024 em São Paulo pode ser diferente; a figura de Pablo Marçal desafia o peso da propaganda tradicional
As eleições municipais de São Paulo estão se desenhando como um palco para testarmos duas coisas: o real impacto do tempo de televisão e a fidelidade dos seguidores de Jair Bolsonaro. Será que esses eleitores seguem cegamente o líder ou preferem quem tem estilo parecido?
O papel do tempo de TV nas eleições é um tema recorrente. Muitos afirmam que Jair Bolsonaro se elegeu em 2018 sem tempo de TV, mas essa narrativa ignora um ponto crucial: Bolsonaro tinha, sim, tempo de tela, especialmente em programas populares e na cobertura constante da mídia, que focava em suas declarações polêmicas. Essa exposição massiva, embora não no horário eleitoral, contribuiu enormemente para sua vitória, semelhante ao fenômeno observado com Donald Trump nos Estados Unidos.
No entanto, a eleição de 2024 em São Paulo pode ser diferente. Aqui, a figura de Pablo Marçal, um fenômeno das redes sociais, desafia o peso da propaganda tradicional. Marçal não é apenas um político, ele é um instigador de sonhos. Seus seguidores não estão com ele apenas por afinidade ideológica, mas por acreditarem que ele mudou suas vidas. Eles se sentem gratos e leais, o que cria uma relação diferente de fidelidade, algo além do que vimos com Bolsonaro.
A conexão de Marçal com seu público é profunda e pessoal. Ele não é apenas um comunicador, mas alguém que seus seguidores creditam por transformações reais em suas vidas. Esse tipo de ligação é poderosa, especialmente em um cenário onde muitos eleitores se sentem alheios às regras e convenções sociais que dominam os ambientes formais. Marçal, com seu estilo provocador e disruptivo, encontra eco em um eleitorado que se sente desprezado por desconhecer convenções e ritos sociais.
Por outro lado, temos Ricardo Nunes, o candidato apoiado por Bolsonaro e que possui a maior parte do tempo de TV. Nunes representa o político tradicional, educado, que já ocupa a cadeira de prefeito. O grande teste será verificar se o apoio de Bolsonaro a alguém com esse perfil mais convencional conseguirá mobilizar a base bolsonarista ou se essa base só responde a candidatos com o perfil disruptivo, como Marçal.
A narrativa que já circula entre os bolsonaristas é que Ricardo Nunes seria, na verdade, o candidato de Valdemar Costa Neto, com Bolsonaro apenas acenando para ele porque foi obrigado. O coração do capitão, em segredo, pertenceria a Marçal. Mas será que essa versão pega ou a realidade de que Bolsonaro apoia a reeleição de Nunes prevalece?
O eleitorado de Bolsonaro sempre demonstrou uma fidelidade quase inquebrável, que está agora à prova. Basta o capitão indicar alguém ou seus fãs estão em busca de novos ídolos?
Eles levaram a bola para casa, mas Pablo Marçal continuou o jogo
Eleição de 2024 em São Paulo pode ser diferente; a figura de Pablo Marçal desafia o peso da propaganda tradicional
As eleições municipais de São Paulo estão se desenhando como um palco para testarmos duas coisas: o real impacto do tempo de televisão e a fidelidade dos seguidores de Jair Bolsonaro. Será que esses eleitores seguem cegamente o líder ou preferem quem tem estilo parecido?
O papel do tempo de TV nas eleições é um tema recorrente. Muitos afirmam que Jair Bolsonaro se elegeu em 2018 sem tempo de TV, mas essa narrativa ignora um ponto crucial: Bolsonaro tinha, sim, tempo de tela, especialmente em programas populares e na cobertura constante da mídia, que focava em suas declarações polêmicas. Essa exposição massiva, embora não no horário eleitoral, contribuiu enormemente para sua vitória, semelhante ao fenômeno observado com Donald Trump nos Estados Unidos.
No entanto, a eleição de 2024 em São Paulo pode ser diferente. Aqui, a figura de Pablo Marçal, um fenômeno das redes sociais, desafia o peso da propaganda tradicional. Marçal não é apenas um político, ele é um instigador de sonhos. Seus seguidores não estão com ele apenas por afinidade ideológica, mas por acreditarem que ele mudou suas vidas. Eles se sentem gratos e leais, o que cria uma relação diferente de fidelidade, algo além do que vimos com Bolsonaro.
A conexão de Marçal com seu público é profunda e pessoal. Ele não é apenas um comunicador, mas alguém que seus seguidores creditam por transformações reais em suas vidas. Esse tipo de ligação é poderosa, especialmente em um cenário onde muitos eleitores se sentem alheios às regras e convenções sociais que dominam os ambientes formais. Marçal, com seu estilo provocador e disruptivo, encontra eco em um eleitorado que se sente desprezado por desconhecer convenções e ritos sociais.
Por outro lado, temos Ricardo Nunes, o candidato apoiado por Bolsonaro e que possui a maior parte do tempo de TV. Nunes representa o político tradicional, educado, que já ocupa a cadeira de prefeito. O grande teste será verificar se o apoio de Bolsonaro a alguém com esse perfil mais convencional conseguirá mobilizar a base bolsonarista ou se essa base só responde a candidatos com o perfil disruptivo, como Marçal.
A narrativa que já circula entre os bolsonaristas é que Ricardo Nunes seria, na verdade, o candidato de Valdemar Costa Neto, com Bolsonaro apenas acenando para ele porque foi obrigado. O coração do capitão, em segredo, pertenceria a Marçal. Mas será que essa versão pega ou a realidade de que Bolsonaro apoia a reeleição de Nunes prevalece?
O eleitorado de Bolsonaro sempre demonstrou uma fidelidade quase inquebrável, que está agora à prova. Basta o capitão indicar alguém ou seus fãs estão em busca de novos ídolos?