Crusoé: “A reunificação da Alemanha e a construção de Brasília”
Em artigo na Crusoé, o diplomata e professor Paulo Roberto de Almeida compara a primeira reunificação da Alemanha, extremamente custosa e caótica, à construção de Brasília, feita sem orçamento, “à margem do orçamento e contra...
Em artigo na Crusoé, o diplomata e professor Paulo Roberto de Almeida compara a primeira reunificação da Alemanha, extremamente custosa e caótica, à construção de Brasília, feita sem orçamento, “à margem do orçamento e contra o orçamento”.
“No total, a unificação alemã pode ter tido um custo, durante vários anos, de mais ou menos 1,5% anual do PIB alemão, o maior da comunidade europeia e o quarto do mundo.
1,5% do PIB durante quatro anos (ou mais): esse pode ter sido o valor anual da construção de Brasília, de 1957 a 1960, com as diferenças relevantes, em relação ao processo de reunificação alemã, de que se partia de um PIB bem menor e de que os custos da construção foram feitos sem orçamento, à margem do orçamento e contra o orçamento, durante todos esses anos (…).
Data dessa conjuntura o famoso mote ‘FMI = Fome e Miséria Internacional’, saudado por toda a esquerda, inclusive pelo grande intelectual que era Otto Maria Carpeaux. A construção prosseguiu, sem orçamento, à margem do orçamento, contra o orçamento, e, na mesma toada, acelerou-se o processo inflacionário. Na sequência dos desastres econômicos acarretados pela construção da ‘capital da esperança’– como a chamou o intelectual francês André Maurois –, Brasília já foi inaugurada numa situação de pré-crise nacional, sendo que o populista Jânio Quadros, um arrivista sem quaisquer conexões partidárias consistentes, foi eleito com a maior votação proporcional até então registrada na história das eleições presidenciais.”
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