Crusoé: “O encanto de Lula pelo duvidoso modelo chinês”
Em diversas declarações, Lula já desfilou diversos equívocos sobre a China, os quais parecem não ter sido corrigidos, diz Paulo Roberto de Almeida na Crusoé...
Em diversas declarações, Lula já desfilou diversos equívocos sobre a China, os quais parecem não ter sido corrigidos, diz Paulo Roberto de Almeida na Crusoé.
“Em janeiro de 2002, pela primeira vez, o então presidente de honra do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva, visitou oficialmente a China, a convite do governo e do Partido Comunista. Ele foi recebido com todas as honras devidas a uma pessoa que prometia ser um futuro chefe de Estado. Sua comitiva, integrada por futuros ministros e personagens importantes de seu governo, um ano adiante – José Dirceu, então presidente nacional do partido; Jorge Viana, governador do Acre; Antonio Palocci, prefeito de Ribeirão Preto; deputados federais Paulo Delgado (MG) e Jaques Wagner (BA) –, foi recebida por Wei Jianxing, um dos principais dirigentes do Bureau Político Permanente do Comitê Central do PCC, em audiência calorosa no Grande Palácio do Povo, em Beijing.”
“De volta ao Brasil, Lula publicou um artigo num dos veículos do PT, no qual exaltava o modelo econômico chinês. Mas, no texto, ele cometia uma série de equívocos conceituais e factuais, os quais parecem se manter mesmo duas décadas depois. Ele dizia, por exemplo, que o gigante asiático tinha um quarto da população do planeta, mas apenas 7% das terras agricultáveis, e que ainda assim conseguia “produzir o suficiente para alimentar esse mundo de gente”. Mas a China não apenas já era um dos principais países importadores de alimentos, assim como de quaisquer outras matérias-primas para abastecer seu já gigantesco sistema manufatureiro, voltado basicamente para exportações baratas para os países desenvolvidos. O Brasil, justamente, já se configurava como um dos grandes exportadores de alimentos e de vários produtos primários para a China, dela importando um oceano de manufaturados de baixo custo e de qualidade razoável.”
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