Alexandre Soares na Crusoé: “Seis verdades irreconciliáveis”
Se qualquer filme não-de-esquerda pode render muito dinheiro, por que filmes assim não são feitos às dúzias? É o que questiona Alexandre Soares Silva na Crusoé...
Se qualquer filme não-de-esquerda pode render muito dinheiro, por que filmes assim não são feitos às dúzias? É o que questiona Alexandre Soares Silva na Crusoé.
“Falo disso por causa de dois filmes recentes, ambos conservadores, ou não-de-esquerda, e ambos muito bem-sucedidos: Nefarious e Som da Liberdade (foto), que estreou este final de semana nos cinemas.”
“Filmes não-de-esquerda são um gênero de filme, como horror, comédia, filme de roubo, filme de doença terminal etc. Houve uma época em que quase todo filme era não-de-esquerda, mas nos últimos dez anos esse é um gênero que praticamente desapareceu. É capaz que de 2013 para cá tenham sido feitos mais filmes musicais que filmes não-de-esquerda. De vez em quando um amigo recomenda um filme para mim com as palavras ‘não sei como foi feito’, ou ‘não sei como deixaram passar’. Mas é algo bastante raro, e esses dois filmes furaram o bloqueio de alguma maneira.”
“Nefarious é um filme razoavelmente bem-feito de possessão demoníaca; tem lá os seus defeitos e não é muito sutil, digamos, com discursos e lições de moral ditas nas fuças do espectador. Se você concorda com as lições de moral, talvez goste, porque temos tão poucas chances de ouvir essas coisas no cinema; se não gosta, não vai ver dez minutos do filme, que é como eu me sinto vendo noventa por cento da programação atualmente na Netflix.”
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