Agamenon na Crusoé: Calção do exílio
O jeito foi buscar refúgio numa ditadura de direita, onde os direitos humanos como a tortura são respeitados e a “saidinha” dos presídios não existe
O Brasil é um país muito perigoso. Isso aqui é cheio de ladrões, bandidos, assassinos de aluguel, corruptos, milicianos, batedores de carteira, delinquentes, infratores, facínoras, pistoleiros, malfeitores, assaltantes, marginais, traficantes, larápios, políticos e outras profissões que pertencem ao universo criminal. Foi por isso que o ex-presidente e futuro presidiário Jair Bolsonazi, apavorado, procurou asilo na Embaixada da Hungria, país governado por seu “parça” Viktor Orbán, com quem tem grande afinidade.
Desiludido por ter perdido a eleição e não ter conseguido dar um golpe, Bozonaro não aguentava mais a perseguição implacável do Supremo e nem as investigações da polícia. O pobre coitado, quer dizer, o rico coitado não podia nem mais sair pra pescar e molestar baleias que logo vinha algum agente da lei para encher seu saco. Com o bafo quente da polícia na nuca, realmente não tinha mais clima para Bolsonaba no Brasil e, assim, ele só viu uma saída: o autoexílio voluntário. Pegou umas bermudas, um par de chinelas, umas camisetas furadas e três pacotes de fraldas descartáveis e se mandou para a embaixada hungariana.
No começo, ficou em dúvida porque são muitas as ditaduras no mundo. Cuba, Venezuela, Nicarágua e Coreia do Norte não iam dar, porque são países comunistas de esquerda. O jeito era buscar refúgio numa ditadura de direita, onde os direitos humanos como a tortura são respeitados e a “saidinha” dos presídios não existe, só a “entradinha”, que é pra sempre. A princípio Bolsonovsky pensou em se exilar na Rússia, onde Vladimir Putin vai ficar no poder até morrer e mais um pouco, pois, mesmo depois de bater as botas, o autocrata russomano pretende continuar mandando, como uma múmia de Lênin movida pela inteligência artificial.
Sempre corajoso, o indomável Bolsoasno ficou receoso de ir pra Rússia porque podia ser convocado para lutar na guerra da Ucrânia e, sabem como é, no Exército Brasileiro não se estuda estratégia de combate, só pintura em árvores, táticas de futebol e golpes de Estado.
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