Zelensky confia que o apoio Francês continuará após as eleições
“Estamos convencidos de que o próximo governo será independente do agressor russo e continuará comprometido com os valores europeus e com uma Europa forte e unida, a mesma Europa que a Ucrânia defende contra a tirania russa”, afirmou Zelensky
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse, nessa quinta-feira, 27 de junho, estar convencido de que o novo governo que emergirá das eleições legislativas manterá o seu apoio à Ucrânia face à Rússia.
Estes comentários surgem no momento em que as eleições marcadas para 30 de junho e 7 de julho na França poderão levar ao poder o partido Reunião Nacional (RN), regularmente criticado pela sua proximidade com o regime de Vladimir Putin.
No final das eleições legislativas, o Presidente Emmanuel Macron, um firme apoiador da Ucrânia, arrisca-se a ter que governar ao lado de um primeiro-ministro que poderá rever a extensão da ajuda militar prestada a Kiev.
Parabenizando a França pela sua “solidariedade inabalável” com o seu país desde o início da invasão russa em Fevereiro de 2022, Volodymyr Zelensky disse estar confiante de que o novo governo francês manterá a sua independência da Rússia e permanecerá fiel aos valores europeus:
“Estamos convencidos de que o próximo governo será independente do agressor russo e continuará comprometido com os valores europeus e com uma Europa forte e unida, a mesma Europa que a Ucrânia defende contra a tirania russa”, afirmou Zelensky.
O apoio da França à Ucrânia
Depois de se fazer passar por mediador entre Kiev e Moscou no início da guerra e, em particular, apelar a não “humilhar” a Rússia, o Presidente Macron transformou-se num apoiador-chave da Ucrânia na Europa, pressionando outros Estados, em particular a Alemanha, a fortalecerem seu apoio.
Em Fevereiro, Emmanuel Macron abriu o debate sobre o envio de soldados ocidentais para a Ucrânia, recusando excluir esta opção.
O presidente do RN, Jordan Bardella, que poderá se tornar o próximo primeiro-ministro francês, opõe-se ao envio de tropas francesas para a Ucrânia, bem como à entrega de “mísseis de longo alcance” que permitam ao exército ucraniano atacar o território russo.
Marine Le Pen, por sua vez, corroborou a declaração de Bardella e expôs também seu desacordo sobre o envio de tropas francesas para a Ucrânia.
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