O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de violar novamente o acordo de cessar-fogo voltado para os setores energéticos dos países nesta terça, 1º.

Em publicação no X, Zelensky afirmou ter compartilhado com os “parceiros” e Estados Unidos os episódios de violações da Rússia, após um novo ataque a uma instalação de Kherson.

“Recebi um relatório do Ministro da Defesa da Ucrânia sobre contatos com parceiros, particularmente com o lado americano. Compartilhamos todas as informações sobre as violações da Rússia no setor de energia — houve ataques e hoje novamente em Kherson, um drone russo teve como alvo uma instalação e equipamento de energia — deliberada e propositalmente. Parte da cidade ficou sem eletricidade”. escreveu.

Segundo Zelensky, os descumprimentos por parte da Rússia devem ser documentados.

“Insistimos que cada violação desse tipo deve ser documentada e receber uma resposta de nossos parceiros. São precisamente esses pequenos detalhes que se somam aos grandes atrasos da Rússia no processo diplomático.

A cessação incondicional dos ataques proposta pelos Estados Unidos não está sendo implementada apenas por causa da posição da Rússia.“

No mês passado, os países assinaram um acordo para interromper ataques em setores energéticos. Ambos os lados, contudo, trocam acusações de violações mútuas dos termos firmados.

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Mar Negro

Na última sexta, 25, Rússia e a Ucrânia concordaram em interromper os combates no Mar Negro, após um acordo mediado pelos Estados Unidos.

A Casa Branca condicionou a assinatura do cessar-fogo no Mar Negro à derrubada de punições econômicas ao setor agrícola do país.

Zelensky, porém, tratou a exigência russa como inapropriada e inútil.

“Nesse contexto, falar sobre aliviar a pressão sobre a Rússia, suspender sanções e assim por diante é definitivamente inapropriado e inútil. A Rússia mata pessoas todos os dias e prolonga esta guerra. A proposta dos EUA para um cessar-fogo incondicional está na mesa há meio mês.

A pressão sobre a Rússia é necessária para salvar vidas e fazer a diplomacia funcionar de forma mais rápida e eficaz. Sem pressão sobre a Rússia, não haverá resultado”, publicou.

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