Violência antissemita na Universidade de Yale
Incidentes violentos e assédio em protestos antissemitas destacam crescente problema em universidades americanas
Protestos antissemitas na Universidade de Yale se transformaram em atos de violência e assédio neste fim de semana.
A administração da universidade é criticada por sua passividade enquanto centenas de manifestantes bloqueavam acessos e promoviam agressões, incluindo atacar estudantes judeus e tentar queimar a bandeira americana.
Sahar Tartak, uma estudante judia, foi ferida no olho por um mastro de bandeira e precisou de atendimento hospitalar. O incidente é parte de uma série de confrontos onde manifestantes entoavam cânticos como “a única solução, revolução intifada” e “Do rio ao mar, a Palestina quase livre”.
O tenente Chris Halstead, da polícia de Yale, indicou que a polícia tinha planos de intervir, mas adiou a ação sem maiores explicações. A violência continuou no dia seguinte, com uma marcha até a Yale Divinity School para confrontar autoridades universitárias.
Este não é um incidente isolado, mas reflete uma tendência preocupante de incidentes antissemitas em campus universitários por todo os Estados Unidos.
Columbia cancela aulas presenciais por ocupação antissemita
Em um comunicado divulgado na madrugada desta segunda-feira, 22, a presidente da Universidade de Columbia, a muçulmana Nemat Shafik, informou que todas as aulas serão realizadas virtualmente devido à ocupação do campus por manifestantes pró-Hamas.
O protesto, marcado por slogans e cantos antissemitas, levou a universidade a adotar medidas adicionais de segurança e a convocar um diálogo entre as partes envolvidas.
A decisão de mudar o formato das aulas veio após um aumento significativo nas tensões no campus, exacerbadas pela presença de indivíduos não afiliados à universidade que, segundo Shafik, “exploraram e ampliaram as discordâncias”. A presidente da universidade expressou profundo pesar pela situação e pela deterioração dos laços comunitários, que “serão difíceis e demorarão a ser refeitos”.
Além das alterações no formato das aulas, Shafik condenou o uso de linguagem antissemita e comportamentos intimidadores por parte dos manifestantes. Ela também destacou os conflitos em curso no Oriente Médio como um catalisador de “profundo sofrimento moral” entre os estudantes. Ela reiterou a disposição da universidade em buscar soluções pacíficas.
No contexto das manifestações, que também contaram com a presença da polícia de Nova York, um rabino ortodoxo de Columbia e Barnard College recomendou que os estudantes judeus deixassem o campus “o mais rápido possível” devido a ameaças de segurança.
A universidade, por meio da sua presidente, fez um apelo por respeito mútuo e colaboração para reconstruir a coesão interna, destacando os valores de aprendizado e gentileza como fundamentais.
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