Villavicencio, presidenciável morto no Equador, criticava Lula e Bolsonaro
O falecido presidenciável equatoriano Fernando Villavicencio, assassinado na noite de quarta-feira (9), era crítico tanto de Lula (PT) quanto do...
O falecido presidenciável equatoriano Fernando Villavicencio (foto), assassinado na noite de quarta-feira (9), era crítico tanto de Lula (PT) quanto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Villavicencio se autodeclarava de esquerda. Ele fez carreira política como líder sindical.
Entretanto, a principal plataforma do equatoriano era o combate à corrupção, algo que não agrada a nenhum dos dois presidentes brasileiros.
Como líder sindical, Villavicencio foi protagonista na exposição de um escândalo de corrupção na estatal petrolífera, Petroecuador, que atingiu o governo de Rafael Correa, aliado de Lula.
O falecido presidenciável equatoriano demonstrou apoio à Operação Lava Jato com uma série de compartilhamentos nos últimos anos na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter.
Na plataforma, Villavicencio chegou a descrever a eleição de Lula no ano passado como “o retorno dos ladrões da lava jato”.
Bolsonaro pode ter se vendido desde 2018 como um presidente que combate a corrupção, mas o equatoriano não caiu nessa demagogia.
Ele criticou o ex-presidente em 2019, quando ele impediu a procuradoria do Equador de acessar informações de delações premiadas da Odebrecht. Dois anos antes, o ex-diretor da empreiteira no Equador, José Conceição Filho, delatou propina de 14 milhões de dólares e grampo do então vice-presidente do país, Jorge Glas.
Villavicencio também criticou a corrupção de Bolsonaro na gestão sanitária da pandemia. Ele compartilhou reportagem acusando o ex-presidente de “potencial genocídio”.
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