Vida em Marte: Nasa diz que existe e vai trazer para a Terra
Agência está analisando duas estratégias pautadas pela simplicidade, eficiência e eficácia de custo, pretendendo tomar uma decisão até o segundo semestre de 2026.
A NASA está explorando novas estratégias para trazer o mais rapidamente e a um custo reduzido, amostras de Marte até a Terra e que podem comprovar se realmente houve vida no Planeta Vermelho.
As alternativas propostas vêm como resposta às projeções de custos altos do plano original de devolver amostras do solo marciano, uma colaboração entre a NASA e a Agência Espacial Europeia.
O plano anterior era estimado em até US$ 11 bilhões e adiava o retorno das amostras para 2040. Isso foi considerado impraticável, segundo o administrador da NASA, Bill Nelson.
Enquanto o rover Perseverance continua a coletar valiosas amostras na Cratera Jezero, a NASA está decidida a repensar a abordagem para retornar essas evidências à Terra. Essa iniciativa tem potencial de resolver questões cruciais sobre a posibilidadede vida em Marte.
A agência está analisando duas estratégias pautadas pela simplicidade, eficiência e eficácia de custo, pretendendo tomar uma decisão até o segundo semestre de 2026.
Novas estratégias propostas para o retorno
Duas linhas de abordagem são consideradas: a primeira utiliza a tecnologia já comprovada, o sky crane, usada no pouso dos rovers Perseverance e Curiosity em Marte.
A segunda explora novas capacidades comerciais provenientes de parceiros da indústria espacial, tais como a SpaceX e a Blue Origin. Ambas estratégias visam superar os desafios impostos pela fina atmosfera marciana, que dificulta o pouso em segurança de quaisquer espaçonaves.
O sky crane é um sistema inovador de pouso que envolve um escudo térmico, paraquedas e retrofoguetes para desacelerar a espaçonave.
No final, um guindaste celeste desce o rover até a superfície de Marte, garantindo a integridade do pouso.
Já a segunda estratégia envolve um veículo de carga pesada, desenvolvido por parceiros comerciais, para a entrega segura de um módulo de pouso em Marte.
Missão de retorno de amostras pode provar vida em Marte
A missão Mars Sample Return promete ser revolucionária para a ciência, oferecendo uma visão inédita sobre o passado geológico e climático de Marte.
Com as amostras em mãos, os cientistas poderão estudar a cronologia e a evolução do Planeta Vermelho, aumentando a compreensão sobre o próprio sistema solar.
A missão também prepara o terreno para futuras missões humanas ao planeta.
- Entendimento da história geológica de Marte
- Análise do clima marciano ao longo do tempo
- Preparação para missões humanas futuras
Desafios para provar que houve vida em Marte
A engenharia necessária para essas novas estratégias enfrenta desafios significativos, como o desenvolvimento de um guindaste maior e mais forte, e a adaptação do Mars Ascent Vehicle para sobreviver ao pouso e decolagem em Marte.
Ensaios de viabilidade serão conduzidos pela equipe do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA durante o próximo ano, otimizando cada componente do plano. O retorno estimado das amostras pode variar entre 2035 e 2039.
Ambas as opções manterão uma arquitetura similar, envolvendo o lançamento de um Mars Ascent Vehicle carregado com amostras para um orbitador que estará em órbita de Marte. Este processo ecoa a técnica utilizada pela missão OSIRIS-REX ao trazer materiais do asteroide Bennu.
Olhar para o futuro: Cooperação e concorrência espacial
Enquanto a NASA avança em seu plano, a China já manifestou interesse em realizar uma missão própria de retorno de amostras de Marte até 2031.
A NASA procura garantir que seu programa seja executado de maneira metódica e abrangente, preservando a liderança nos esforços de exploração espacial.
A missão Mars Sample Return não apenas contribuirá para nosso entendimento de Marte, mas também exemplificará a capacidade de colaboração internacional em prol do avanço científico.
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