Vice de Maduro compara slogan de Corina à solução final de Hitler
“Quero recordar que Hitler apelou à batalha final e exterminou milhões de homens e mulheres no continente europeu, e hoje a história repete-se. Devemos nos perguntar o que querem dizer quando falam “hasta el final”, disse a vice de Maduro
Em discurso perante os deputados – por ocasião da apresentação da Lei contra o Fascismo, o Neofascismo e Expressões Similares, que visa a aumentar a perseguição contra os opositores do regime, sob o pretexto de combater o fascismo – a vice de Nicolás Maduro, Delcy Rodríguez comparou o lema da campanha da líder da oposição, Maria Corina, à solução final de Adolf Hitler que assassinou milhões de judeus.
Delcy Rodríguez referiu-se aos protestos de 2014 e 2017 — nos quais mais de uma centena de manifestantes morreram devido à repressão das forças de segurança — e fez uma comparação entre os líderes da oposição daqueles tempos e os da oposição atual com Adolf Hitler:
“Passamos essas etapas de La Salida em 2014, das guarimbas em 2017, e hoje o setor extremista convoca “até o final”. Quero recordar que Hitler apelou à batalha final e exterminou milhões de homens e mulheres no continente europeu, e hoje a história repete-se. Devemos nos perguntar o que querem dizer quando falam “hasta el final” porque há novamente o germe da violência, do ódio e do extermínio”, disse a vice de Maduro, referindo-se ao slogan da campanha de María Corina Machado que promete aos venezuelanos ir “até o fim” na rota eleitoral para uma mudança de Governo e a conquista da democracia.
Nos últimos meses, o chavismo recrudesceu a repressão à oposição e lançou uma forte caça ao partido de Machado, Vente Venezuela, prendendo vários membros sob acusações de estarem envolvidos em supostas conspirações para assassinar o ditador Nicolás Maduro.
A toda essa perseguição, acrescenta-se agora essa Lei contra o Fascismo, o Neofascismo e Expressões Similares que abre caminho para a ilegalização dos partidos políticos – seguindo o caminho do regime da Nicarágua.
Com isso, o chavismo avança, sob o olhar hipócrita e cúmplice do Brasil, no seu objetivo de eliminar qualquer competição que ameace a permanência de Maduro no poder.
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