Venezuela anuncia apoio do Irã contra “terrorismo” dos EUA
Regime iraniano é um dos principais aliados internacionais de Maduro e mantém cooperação com Caracas desde Chávez
A ditadura da Venezuela afirmou neste sábado, 20, que recebeu do Irã uma oferta de apoio para enfrentar o que classificou como “pirataria e terrorismo internacional” dos Estados Unidos.
O anúncio foi feito após uma conversa telefônica entre o chanceler venezuelano, Yván Gil, e o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, em meio à escalada de tensões no Caribe.
Segundo Gil, o diálogo tratou dos “acontecimentos recentes no Caribe, especialmente as ameaças, os atos de pirataria dos Estados Unidos e o roubo de navios carregados com petróleo venezuelano”.
O Irã é um dos principais aliados internacionais do regime de Nicolás Maduro e mantém cooperação com Caracas desde o governo de Hugo Chávez.
“A Venezuela recebeu uma demonstração plena de solidariedade por parte do governo do Irã, assim como sua oferta de cooperação em todos os âmbitos para enfrentar a pirataria e o terrorismo internacional que os Estados Unidos buscam impor por meio da força militar”, afirmou o chanceler venezuelano.
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Escalada no Caribe
O anúncio da ajuda iraniana ocorre em um momento de aumento da presença militar americana na região do Caribe.
Washington mobilizou uma frota no Caribe sob o argumento de combater o narcotráfico e, nos últimos dias, interceptou dois navios petroleiros que transportavam petróleo venezuelano.
As apreensões fazem parte do “bloqueio total” anunciado pelo presidente Donald Trump contra petroleiros sancionados que entram ou saem da Venezuela.
Neste sábado, os Estados Unidos confirmaram a interceptação de mais uma embarcação.
“Os Estados Unidos continuarão a perseguir o movimento ilícito de petróleo sancionado que é usado para financiar o narcoterrorismo na região”, escreveu a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, nas redes sociais.
Segundo ela, a Guarda Costeira dos EUA apreendeu a embarcação antes do amanhecer, com apoio do Pentágono.
De acordo com o New York Times, o navio interceptado tinha bandeira panamenha e transportava petróleo venezuelano, mas não constava na lista pública de petroleiros sancionados pelo Departamento do Tesouro dos EUA.
Ainda segundo o jornal, autoridades do setor petrolífero venezuelano afirmaram que a carga pertencia a uma empresa comercial estabelecida na China, que costuma levar petróleo bruto da Venezuela para refinarias chinesas.
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Comentários (1)
Marian
21.12.2025 09:27Que decadente e que ausência de ridículo. O que fizeram com esse país?