O recado da primeira-ministra da França a parlamentares que chamam Hamas de “resistência”
A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, criticou nesta terça-feira (17) declarações da deputada Danièle Obono, do partido La France insoumise (LFI), que chamou o grupo terrorista Hamas de “movimento de resistência” em entrevista a uma rádio francesa...
A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne (foto), criticou nesta terça-feira (17) declarações da deputada Danièle Obono, do partido La France insoumise (LFI), que chamou o grupo terrorista Hamas de “movimento de resistência” em entrevista a uma rádio francesa.
Durante sessão de perguntas ao governo na Assembleia Nacional, Borne disse que congressistas que apoiam o Hamas e se recusam a classificar os ataques a Israel como terrorismo “se excluem do campo republicano”.
“Por último, quero prestar homenagem às vítimas dos ataques bárbaros que atingiram Israel. Atentados terroristas cometidos por um grupo terrorista, o Hamas. Um grupo que vocês se recusa de qualificar como tal. Um grupo que alguns de vocês até ousaram chamar de movimento de ‘resistência’. Desde o 7 de outubro, as vozes da França rebelde. Falta à população a condenação unânime da barbárie terrorista. Elas falham à unidade nacional. Vocês tentaram justificar ambiguidades, mas nessa manhã a realidade veio à tona. A justiça está ciente, ela decidirá. Mas, ouvindo essas palavras, eu penso nos jovens mortos durante uma festa, eu penso nos massacres nos kibbtuz de Be’eri e de Kfar Aza, eu penso nas mulheres, nos homens, nos idosos e nos filhos sequestrados. Para vocês, não são atos terroristas. Para mim, vocês se excluem do campo republicano”, afirmou a primeira-ministra francesa.
“Para mim, vocês se excluem do campo republicano”, diz primeira-ministra francesa a parlamentares que chamam Hamas de “movimento de resistência”.
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— O Antagonista (@o_antagonista) October 17, 2023
Em entrevista à Rádio Sud, Danièle Obono descreveu o Hamas como um “grupo político islâmico” que “resiste a uma ocupação”.
O Antagonista destaca, desde o começo da cobertura do massacre de 7 de outubro, que é preciso parar de confundir terroristas do Hamas com palestinos inocentes; que os primeiros não representam os segundos, o que foi não só apontado em pesquisa, mas também reconhecido por Mahmoud Abbas; e que o Hamas, na verdade, usa os civis palestinos como escudos humanos.
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