Ucrânia conhece bem o horror dos drones iranianos, diz Zelensky
Configuração do ataque iraniano contra Israel na noite de sábado é semelhante à dos ataques da Rússia na Ucrânia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky (foto), condenou neste domingo, 14, o ataque do Irã contra Israel e afirmou que os ucranianos entendem o “horror” dos drones iranianos, também utilizados pela Rússia na guerra.
“A Ucrânia condena o ataque do Irã contra Israel usando drones e mísseis ‘Shahed’. Nós, na Ucrânia, conhecemos muito bem o horror de ataques semelhantes por parte da Rússia, que usa os mesmos drones ‘Shahed’ e mísseis russos, as mesmas táticas de ataques aéreos em massa”, escreveu Zelensky no X.
“Todos os esforços devem ser feitos para evitar uma nova escalada no Oriente Médio. As ações do Irã ameaçam toda a região e o mundo, assim como as ações da Rússia ameaçam um conflito maior, e a colaboração óbvia entre os dois regimes na propagação do terror deve enfrentar uma resposta resoluta e unida do mundo”, acrescentou.
O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês) mostrou como a configuração do ataque iraniano contra Israel é semelhante à dos ataques da Rússia na Ucrânia.
O instituto, com sede nos Estados Unidos, relata que o ataque com drones e mísseis contra Israel mostra que o Irã está aprendendo com os russos a desenvolver ondas de ataques cada vez mais eficientes.
A combinação de drones iranianos e de mísseis de cruzeiro e balísticos contra Israel pretende confundir e sobrecarregar as defesas aéreas israelenses. O lançamento de ataques simultâneos por parte de grupos apoiados pelo Irã no Líbano, como o Hezbollah, e no Iêmen, caso dos Houthis, faz parte desse esforço.
Zelensky afirmou ainda que os drones iranianos são uma “ferramenta de terror”.
“Esse som [dos drones] deve servir como um alerta ao mundo livre, demonstrando que só a nossa unidade e determinação podem salvar vidas e impedir a propagação do terror em todo o mundo”, acrescentou.
“É fundamental que o Congresso dos Estados Unidos tome as decisões necessárias para fortalecer os aliados da América neste momento crítico.”
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