Ucrânia admite dificuldade em Kursk, mas nega estar “encurralada”
Chefe do Estado-Maior ucraniano disse que os relatos são "falsos e fabricados pelos russos para manipular politicamente"

Em coletiva de imprensa em Kiev nesta sexta-feira, 14, autoridades ucranianas reconheceram as dificuldades enfrentadas por suas tropas na região russa de Kursk, uma das frentes mais importantes da guerra.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu que “a situação em Kursk é obviamente difícil”, mas ressaltou que o cenário em Donetsk, na Ucrânia, está estabilizado.
Momentos depois, o comandante-chefe do Exército, Oleksandr Sirski, trouxe outra versão sobre uma publicação feita pelo presidente americano, Donald Trump, que afirmou que tropas ucranianas estavam “encurraladas” em Kursk.
Segundo Sirksi, os relatos são “falsos e fabricados pelos russos para manipular politicamente e exercer pressão sobre a Ucrânia e seus parceiros”.
“Apesar da pressão crescente dos militares russo-norte-coreanos, manteremos a defesa de Kursk enquanto for apropriado e necessário”, disse.
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Trump reproduz Putin
Em uma publicação na rede social Truth Social, o Trump afirmou que há uma “grande chance” de a “horrível e sangrenta guerra” chegar ao fim após o diálogo com Putin.
No entanto, segundo Trump, há um impasse, já que “milhares de tropas ucranianas” estão cercadas pelo exército russo, o que poderia resultar em um “massacre horrível”, sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial.”
“Nós tivemos muito boas e produtivas discussões com o Presidente Vladmir Putin da Rússia ontem, e há uma muito boa chance dessa horrível e sangrenta guerra possa finalmente chegar a um fim – MAS, NESTE EXATO MOMENTO, MILHARES DE TROPAS UCRANIANAS ESTÃO COMPLETAMENTE CERCADAS PELO EXÉRCITO RUSSO, EM UMA POSIÇÃO MUITO RUIM E VULUNEÁRIVEL. Solicitei fortemente ao Presidente Putin que poupasse suas vidas. Isso seria um massacre horrível, algo não visto desde a Segunda Guerra Mundial. Que Deus os abençoe”, escreveu Trump.
Na prática, porém, Putin mostra que não tem nenhuma pressa em parar com sua ofensiva para reconquistar a região russa de Kursk ou seguir com a invasão no leste da Ucrânia.
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