Twitter Files: rede social atuou como “braço” do Pentágono
Mais um capítulo das revelações da caixa-preta do Twitter, os Twitter Files, foi divulgado nesta terça-feira (20)...
Mais um capítulo das revelações da caixa-preta do Twitter, os Twitter Files, foi divulgado nesta terça-feira (20).
Em seu perfil na rede social, o jornalista Lee Fang afirma que, “apesar das promessas de fechar as redes secretas de propaganda estatais”, documentos do Twitter mostram que a empresa auxiliou diretamente as chamadas “operações de influência” do Pentágono (foto), o Departamento de Defesa dos EUA.
De acordo com Fang, em 2017, um funcionário do Comando Central dos EUA enviou ao Twitter uma lista de 52 contas em árabe que seriam usadas “para amplificar certas mensagens”.
Segundo a reportagem, essas contas entraram em uma espécie de “lista branca” da rede social: não recebiam sinalização de spam nem de abusos e tinham mais chances de emplacar hashtags entre os tópicos mais debatidos. Podiam usar fotos de perfil genéricas e até mesmo falsos rostos humanos, gerados mediante inteligência artificial.
“As contas do Comando Central nessa lista tuitaram com frequência sobre as prioridades militares dos EUA no Oriente Médio, incluindo a promoção de mensagens anti-Irã, da guerra no Iêmen apoiada por Arábia Saudita-EUA e de ataques ‘precisos’ de drones americanos, que afirmavam atingir apenas terroristas”, escreve Fang.
O jornalista acrescenta que, em 2020, houve discussões entre executivos e advogados do Twitter sobre a rede secreta de contas do Pentágono. Na época, descobriu-se que, além das 52 da lista de 2017, havia pelo menos mais 157 não identificadas pelo Departamento de Defesa.
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