TikToker condenado por apologia ao terrorismo e ameaça
O influenciador Oussema F., de 26 anos, um açougueiro desempregado com cerca de quarenta mil seguidores no TikTok, foi condenado na segunda-feira, 18 de dezembro, na França, por...
O influenciador Oussema F., de 26 anos, um açougueiro desempregado com cerca de quarenta mil seguidores no TikTok, foi condenado na segunda-feira, 18 de dezembro, na França, por “apologia pública a ato de terrorismo”, “provocação ao ódio ou à violência”, “insulto a titular de autoridade pública” e “ameaça de crime”.
As acusações foram feitas contra ele após a veiculação de dois vídeos durante o mês de outubro. Nesses vídeos o acusado assume a causa dos terroristas do Hamas:
“Beijos e força para o Hamas, se Deus quiser, eles atacarão novamente”, declarou ele, em árabe, antes de atacar os apoiadores de Israel.
O prefeito de Nice, Christian Estrosi, que hasteou a bandeira de Israel na frente da Câmara Municipal em solidariedade com o povo hebreu, foi alvo de insultos e ameaças de Oussema F. no TikTok:
“Amanhã vou estrangular você com ela [a bandeira de Israel] e depois colocar no seu cu…! Amanhã sua mãe, a puta vamos estuprá-la… fascista”, disse ele, entre outras obscenidades.
Perante uma manifestação pró-Palestina, o homem também anunciou algo “histórico”, deixando dúvidas em torno de um potencial ato terrorista: “Não somos coletes amarelos, no sábado a França vai…”
No dia 22 de outubro, os vídeos foram denunciados pela plataforma Pharos, responsável por detectar conteúdos e comportamentos ilegais na internet. Após algumas investigações, o tiktoker foi preso em sua casa em 8 de novembro e colocado sob custódia policial por 48 horas.
Confessou
Durante as audiências, ele admitiu os fatos, confessando ter procurado apenas “lacrar” (“faire le buzz”), sem más intenções. “Expressei minhas opiniões sem pensar”, disse aos investigadores o muçulmano não praticante, que afirma beber e fumar e foi condenado três vezes nos últimos seis anos, por posse de drogas, desobediência e violência contra um policial.
Ele também se definiu como “paz e amor”. “Não tenho ódio ao prefeito de Nice nem à cidade. Só digo insultos em árabe para fazer as pessoas rirem. Eu me forço a ficar com raiva e gritar nos meus vídeos”, declarou o arguido, insistindo que se tratava apenas de estratégia para ganhar notoriedade na rede social.
“Você nos diz que seus vídeos não são ideológicos nem políticos. Se o prefeito de Nice tivesse colocado uma bandeira palestina na entrada da prefeitura, você teria feito o mesmo conteúdo ‘humorístico’?”, perguntou o advogado de Christian Estrosi, ao que o acusado respondeu: “Não, creio que não teria dito nada”.
Ao final de uma deliberação de várias horas, o açougueiro tiktoker foi considerado culpado de todos os crimes e condenado a 18 meses de prisão, incluindo seis meses em liberdade condicional. O tribunal também manteve a proibição de uso e monetização de suas redes sociais por cinco anos e a exigência de realização de um curso de cidadania.
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