Temendo reação russa, Israel bloqueou venda de software espião à Ucrânia
O governo de Israel rejeitou, nos últimos anos, pedidos da Ucrânia e da Estônia para comprar e usar o software espião Pegasus visando hackear números de telefones celulares russos, disseram fontes com conhecimento do assunto ao New York Times nesta quarta, 23...
O governo de Israel rejeitou, nos últimos anos, pedidos da Ucrânia e da Estônia para comprar e usar o software espião Pegasus visando hackear números de telefones celulares russos, disseram fontes com conhecimento do assunto ao New York Times nesta quarta, 23.
Segundo essas fontes, os israelenses temiam que vender o software a adversários da Rússia prejudicaria o relacionamento de Israel com o Kremlin.
Tanto a Ucrânia quanto a Estônia esperavam comprar o Pegasus para obter acesso a telefones russos —presumivelmente como parte de operações de inteligência contra as ameaças do país vizinho, nos anos anteriores à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Mas o Ministério da Defesa israelense se recusou a conceder licença ao NSO Group, fabricante do software espião, para vender para Estônia e Ucrânia se o objetivo desses países fosse usar a arma cibernética contra os russos.
O NYT observa que a recusa do governo israelense aconteceu após anos de fornecimento de licenças a governos estrangeiros que usavam o spyware como ferramenta de repressão doméstica, para ter acesso a dados sigilosos de jornalistas, opositores e ativistas de direitos humanos.
Como O Antagonista revelou em maio, o Ministério da Justiça brasileiro chegou a lançar um edital para a compra do software espião por um órgão que já fez dossiês de inimigos do governo de Jair Bolsonaro. Dias depois, porém, o NSO Group abandonou a licitação.
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