Shein: Relatório expõe condições de trabalho apesar de promessas
Descubra a realidade por trás da Shein e suas condições de trabalho com críticas de 75h semanais e baixos salários.
Após mais de um ano das promessas de melhoria nas condições de trabalho em sua cadeia de abastecimento, a empresa chinesa de fast fashion Shein ainda enfrenta sérias críticas. Investigadores afirmam que a realidade dos trabalhadores não mudou significativamente, com jornadas exaustivas que podem chegar a 75 horas semanais.
Qual a realidade dos trabalhadores das fábricas que fornecem para a Shein?
Segundo recente investigação realizada pelo grupo suíço de direitos humanos Public Eye, trabalhadores em fábricas fornecedoras da Shein na região sul da China, ainda são submetidos a condições laborais extremamente severas. Baseado em entrevistas com 13 operários têxteis ao longo do último verão, foi constatado que muitos alcançam a marca de 12 horas de trabalho diário, com mínimos intervalos para descanso e refeições.
Shein responde às acusações de exploração laboral
Em resposta ao relatório do Public Eye, a Shein se manifestou, argumentando que o relatório se baseia em uma amostra pequena e não reflete a totalidade de sua cadeia de abastecimento, que envolve milhares de trabalhadores e fornecedores. A empresa ainda destacou que está investindo fortemente em melhorias nas práticas de governança e compliance de seus parceiros fornecedores.
Investigações revelam salários inadequados e vigilância intensiva
O estudo também aponta que os salários pagos aos trabalhadores não correspondem ao mínimo considerado digno na China. Com valores que, após deduzidas as horas extras, podem ser inferiores a 2400 yuans mensais, os trabalhadores relatam a impossibilidade de reduzir suas jornadas devido ao custo elevado de vida. Além disso, uma vigilância crescente nas fábricas levanta preocupações sobre a privacidade e controle excessivo sobre os funcionários.
Esforços da Shein contra exploração não são suficientes?
A Shein afirma que seus esforços têm produzido melhorias contínuas, citando auditorias regulares que indicariam avanços na conformidade dos fornecedores. No entanto, a controvérsia persiste e levanta questões sobre a eficácia e abrangência dessas medidas, especialmente quando confrontadas com relatos diretos dos trabalhadores envolvidos.
- Horas de trabalho ainda alcançam até 75 horas semanais.
- Salários permanecem abaixo do necessário para um padrão de vida digno na região.
- Respostas da empresa ainda não satisfazem grupos de direitos humanos.
Diante desses desafios, a Shein continua no centro de discussões sobre ética na moda e responsabilidade corporativa, ilustrando a complexidade e as dificuldades de garantir práticas justas em uma cadeia de abastecimento globalizada.
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